#Encontro Aproleite reúne 1,4 mil participantes

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Importí¢ncia da união dos produtores em associações, incremento na renda do produtor de leite, maior contato com assistíªncia técnica, incentivos financeiros para investimentos em tecnologia e regularização dos preços pagos pelas indústrias foram alguns dos assuntos discutidos durante o 1º Encontro Aproleite. O evento aconteceu nos dias 8 e 9 de novembro, em Cuiabá, e contou com a participação de 1.400 pessoas. De todo o interior do estado, 30 caravanas organizadas pelos Sindicatos Rurais trouxeram produtores rurais para participar do encontro que foi realizado pela Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT).

De acordo com o presidente da Aproleite, Alessandro Casado, o evento superou todas as expectativas e já é considerado um marco na cadeia produtiva do leite de Mato Grosso. Dos cerca de 1.400 participantes, mais de 60% vieram do interior através das caravanas, que representaram quase 90% dos municí­pios do estado. “Isso mostra que os produtores de leite mato-grossenses querem se fortalecer, querem se unir e buscar conhecimento para aumentara produtividade e rentabilidade”, destaca Casado.

Durante o evento, o tema associativismo foi bastante discutido. Para Casado, a união dos produtores em associações, como a Aproleite, é o melhor caminho para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite do estado. “Vamos procurar beneficiar ao máximo os produtores rurais que se associarem í  Aproleite. Com uma associação forte, podemos buscar melhorias ao produtor, pois teremos representatividade junto aos poderes público e privado para cobrar mais investimentos no setor”, salienta.

Além disso, o presidente da Aproleite, Alessandro Casado, elenca outros pontos fundamentais para o crescimento da produção de leite do estado, como qualificação e assistíªncia técnica. “A partir do momento que nós levarmos conhecimento e qualificação ao produtor, poderemos aumentar a produção 10% ao ano até chegar aos primeiros lugares do ranking nacional. O 1º Encontro Aproleite foi um grande passo nesse sentido”.

Em 2011, Mato Grosso produziu 743,1 milhões de litros de leite, volume 5% superior a 2010 (708,4 milhões de litros). Com isso, o estado ocupou o 9º lugar no ranking nacional do ano passado, participando com 2,3% nos 32,09 milhões de litros produzidos no paí­s, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica (IBGE).

Preço – O baixo preço pago aos produtores pelo litro do leite é outro fator que desanima os pecuaristas de leite a investirem em tecnologia e assistíªncia técnica. “Por isso defendemos a criação do Conseleite em Mato Grosso que pode criar um preço referíªncia ao estado para não prejudicar nem o produtor e nem a indústria”, comenta o presidente do Sistema Famato, Rui Prado. “Comprei uma garrafa de água de 500 ml no aeroporto de Guarulhos por R$ 6, enquanto que o litro do leite vale em torno de R$ 0,41 para o produtor. Isso é um absurdo, tem alguma coisa de errado com esse paí­s. Então produtores, somente a união do setor permitirá a mudança que queremos», acrescentou Prado durante a abertura do Encontro Aproleite.

O alto custo da produção é o grande entrave dos produtores de leite do estado, avalia o produtor de leite de São José dos Quatro Marcos Claudinei Alves. Ele aponta alguns gargalos que impedem sua maior rentabilidade como o alto preço da ração e o preço pago pela indústria. “Os produtores de leite estão sofrendo, muitos estão abandonando a atividade pois está cada vez mais difí­cil produzir. O custo para se produzir está maior do que o que recebemos. Hoje eu vendo o litro a R$ 0,69 e gasto para produzir mais de R$ 0,70. Precisamos nos unir para mudar isso. Fiquei muito contente de participar do 1º Encontro Aproleite, porque senti que há um grande engajamento para melhorar o setor”, opina Alves.

Para o produtor de Denise, Heumer Machado, que produz em média 1.200 litros ao dia, o grande problema também é a polí­tica de preços. “Hoje é muito instável, o produtor só sabe quanto vai receber no final do míªs. Como falou o presidente do Sistema Famato, Rui Prado, é necessário criar o Conseleite para termos mais estabilidade”, comenta Machado, que fez questão de trazer seus dois funcionários para participar do evento. “Creio que a Famato e o Senar estão fazendo o seu papel, e agora os produtores é que precisam se conscientizar de que a união é o melhor caminho. A partir de eventos como o 1º Encontro Aproleite vamos conseguir ter uma força maior”.

Já o produtor Manoel Fernandes veio do assentamento Paiol em uma caravana com seis pessoas. Ele comenta que está querendo produzir mais leite, pois atualmente produz apenas 40 a 50 litros por dia. Hoje, o leite não é a principal atividade da propriedade. Para ele, as maiores dificuldades são a falta de assistíªncia técnica e de conhecimento. “Participando do 1º Encontro Aproleite aprendi bastante sobre o manejo e os cuidados para produzir com qualidade e cada vez mais. O que levo de volta para o assentamento é que o conhecimento deve ser buscado e disseminado. Estou decidido a buscar o Sindicato Rural para agendar cursos com o Senar-MT. Vou levar o tema do encontro, ou seja, que o conhecimento faz render, para o resto da vida”, comenta Fernandes.
http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=56581

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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