Empresa investigada por adulteração no leite faz plano para pagar dívidas

Pagamento será feito em até 15 anos a famílias produtoras de SC e do RS. Federação dos trabalhadores na agricultura vai avaliar proposta.
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Pagamento será feito em até 15 anos a famílias produtoras de SC e do RS. Federação dos trabalhadores na agricultura vai avaliar proposta.

A Laticínios Mondaí, empresa investigada pelo Ministério Público por adulteração no leite, apresentou um plano de recuperação judicial para pagar as dívidas com credores em até 15 anos. Muitos deles são produtores do Oeste catarinense, como mostrou reportagem do RBS Notícias desta quarta-feira (19).

Em agosto do ano passado, a investigação contra a empresa culminou na Operação Leite Adulterado II. A ação foi resultado de uma investigação de cinco meses e, na época, nove pessoas foram presas. A empresa chegou a ser interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O proposto pela empresa é um cronograma de pagamento em até 15 anos. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, são cerca de mil famílias produtoras de leite que ficaram sem receber. A ideia é pagar os agricultores que tem até R$ 500 a receber em até um ano, quem tem até R$ 2 mil, em dois anos e acima disso, em até 15 anos.

Estratégias para melhorar leite
A Mondaí é apenas uma das empresas flagradas no ano passado pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante as operações de combate à adulteração de leite.

Segundo as denúncias, eram misturados produtos químicos ao leite para mascarar o prazo de validade e aumentar a rentabilidade. As perícias químicas detectaram peróxido de hidrogênio (água oxigenada), citrato de sódio, polifosfato, hidróxido de sódio (soda cáustica) e outros, como a adição de água e soro de leite.

A força-tarefa do Gaeco motivou empresários e produtores do setor de toda a região Sul a buscar estratégias para melhorar a qualidade do produto. Uma dessas discussões ocorreu nesta quarta na captital.
Há um ano, eles se reúnem para discutir estratégias para melhorar a qualidade do leite, da propriedade rural até chegar à indústria. Na mesa, representantes de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e do Paraná. Juntos, os três estados são responsáveis por um terço da produção nacional. São 11 bilhões de litros de leite por ano.

Para conter a crise no setor, algumas mudanças já foram feitas, segundo o coordenador-geral do Fórum da Aliança Láctea Sul Brasileira, Ronei Volpi. Ele falou em assistência técnica aos produtores e em beneficiar os que fazem um trabalho correto. «Não é justo que o produtor que produz um leite de excelente qualidade receba o mesmo valor de um que produtor que não produz um leite de boa qualidade».

A partir da melhoria da qualidade do leite, os empresários e produtores planejam duplicar a produção, de olho no mercado internacional. Planos para 2020. «Com certeza o leite se candidata a ser mais uma estrela no nosso agronegócio», afirmou o secretário-adjunto de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies.
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2015/08/empresa-investigada-por-adulteracao-no-leite-faz-plano-para-pagar-dividas.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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