O Instituto Emater deve abrir nos próximos dias processo licitatório para aquisição dos veículos que serão utilizados no Projeto Leite Sudoeste. A medida aguarda apenas autorização do Ministério de Desenvolvimento Agrario (MDA) e da Caixa Econômica Federal que analisam orçamentos e documentação para dar o sinal verde. Ao todo serão entregues 42 carros para as secretarias municipais de agropecuária que vão designar técnicos que vão acompanhar o projeto.
As informações foram dadas pelos chefes das Seabs no Sudoeste, Ivano Carniel (Pato Branco), Neri Munaro (Francisco Beltrão) e Vinicios Coletti (Dois Vizinhos), além do presidente da Amsop Altair Gasparetto. Eles estiveram reunidos nesta semana na Amsop quando aproveitaram para esclarecer que os recursos para a licitação serão liberados direto da Caixa Econômica para os vencedores das licitações sem passar para o Estado ou outro órgão.
Propriedades modelo
Com relação ao andamento do projeto em cada município os chefes regionais salientam que ocorre distinção de estágio por vários motivos, mas que todos devem ser contemplados. “O projeto designou cerca de R$ 30 mil para cada município licitar os equipamentos que serão instalados nas 7 propriedades modelo. Em alguns casos já temos até aumento de produtividade e em outros não houve muito avanço nas licitações. Mas isso ocorre por circunstancias diferentes como por exemplo falta de interessados nas licitações ou questões burocráticas”, ressalta Munaro. Os recursos são utilizados para compra de bebedouros, cercas e implantação ou recuperação de pastagens nas propriedades modelo.
Carniel salienta que as 7 propriedades de cada município foram escolhidas através dos conselhos municipais de agropecuária, e que essa fase ocorreu ainda em 2014. “Agora estamos na fase dos treinamentos dos técnicos que vão atuar diretamente nessas propriedades com cerca de 200 horas de aperfeiçoamento”, relatou.
Com o desenvolvimento do projeto a meta é aumentar a média de produção regional em pelo menos 3 litros por dia em cada animal. “Hoje a produção média não passa dos 11 litros/dia de cada vaca. Se atingirmos 14 litros/dia o incremento na produtividade regional será enorme. Mas para isso acontecer precisa de muito empenho e seriedade dos agentes envolvidos”, entende Coletti. Estima-se que sejam mais de 27 mil propriedades envolvidas com leite no Sudoeste, e a meta do projeto é que todas possam se beneficiar da iniciativa.
Seriedade
O presidente da Amsop pede seriedade e compromisso dos prefeitos para o andamento do Projeto. “O Projeto Leite Sudoeste é uma excelente oportunidade para melhorarmos vários aspectos da cadeia produtiva e ampliarmos a movimentação econômica da região. Por isso peço seriedade e dedicação dos prefeitos e técnicos para que possamos avançar e obter benefícios para todos os produtores, comércio e municípios”, afirma Gasparetto lembrando que maior produção resulta em melhor movimentação econômica nos municípios.
A proposta do Leite Sudoeste avança ainda sobre questões ligadas a oferta, demanda e industrialização. Munaro adianta que será preparado cursos para profissionais dos laticínios e agroindústrias da região a fim de ampliar e melhor utilização do leite, como por exemplo, em queijos. O Sudoeste é líder de produção no Estado sendo responsável por pelo menos 25% do volume retirado das propriedades.
Histórico
O Projeto Leite Sudoeste foi criado em 2011 por iniciativa da Amsop em parceria com a Seab com a meta de elevar a produção leiteira da região com melhor qualidade. A iniciativa ganhou respaldo dos governos a partir de 2014 quando o MDA e governo do Estado firmaram convenio no valor de R$ 1.224.489,80 para dar prosseguimento à primeira etapa das propriedades modelo. A Amsop mantém um médico veterinário para coordenar e acompanhar o andamento do projeto nos municípios e as secretarias municipais designam técnicos para suporte.
http://www.rbj.com.br/geral/emater-aguarda-autorizacao-para-licitar-veiculos-projeto-leite-sudoeste-4444.html
