#Dilma se encanta com experiíªncia de assentados paranaenses em Arapongas

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O sucesso do Assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas (a 66 km de Maringá), com sua criação de gado leiteiro, programa de melhoramento genético e agora um laticí­nio para industrializar a produção leiteira de vários municí­pios da região, encantou a presidente Dilma Rousseff, que acha que a experiíªncia dos assentados de Arapongas deve servir de exemplo para todos os Estados brasileiros.

Presidenta elogiou assentamento em Arapongas
Acompanhada pelo governador do Paraná, Beto Richa, tríªs ministros, senadores e dirigentes de instituições como Banco do Brasil, Incra, BNDES e Movimento dos Trabalhadores Rural Sem Terra (MST), a presidente Dilma Rousseff passou a tarde desta segunda-feira no assentamento, onde conheceu o centro de melhoramento genético e criação de novilhos a pasto e o laticí­nio, que está produzindo leite empacotado, queijos e iogurtes.

«Esta e a melhor das práticas de trabalho em conjunto desenvolvido pelos trabalhadores que vi em toda a minha vida», disse a presidíªncia ao inaugurar a estrutura da agroindústria da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran). Com os equipamentos, cerca de 4 mil famí­lias de um raio de 150 quilí´metros estão sendo beneficiadas na produção e comercialização de leite e seus derivados.

Diante da multidão que a esperou no assentamento, Dilma assinou a criação do Plano Nacional de Agroindústrias na Reforma Agrária, que objetiva realizar exatamente trabalho semelhante ao que já acontece no assentamento de Arapongas. O Plano já dispõe de R$ 600 milhões para e 80 projetos em 19 Estados já estão em análise.

A presidente ouviu do coordenador nacional do MST, Roberto Baggio, a informação de que aquele assentamento é resultado de uma antiga batalha dos trabalhadores rurais. Segundo ele, ali era uma fazenda 700 hectares pertencente a uma empresa que produzia sementes, tinha apenas cinco funcionários e acabou falindo e depois invadida pelos sem terra. Ao longo do processo de ocupação, cerca de 20 militantes foram mortos. «Hoje, temos 92 famí­lias assentadas, totalizando mais de 560 pessoas, mas com a criação da cooperativa organizando as linhas de produção e agora do laticí­nio, receberá leite de toda a região, milhares de pessoas são beneficiadas em vários municí­pios».

A presidente da Copran e integrante do Assentamento Dorcelina Folador, Dirlete Dellazeri, disse a Dilma Rousseff que «a indústria de laticí­nios é uma conquista grande, fruto de vários anos de luta do MST no Paraná, que começou desde o acampamento, na obtenção da terra, e agora com a implantação da agroindústria». Segundo Dellazeri, com a indústria «deixamos de ser meros produtores, explorados pelas grandes indústrias, para agregarmos valor í  nossa produção, obtermos uma renda justa e ainda estender os benefí­cios a mais pessoas».

Com a agroindústria, as famí­lias agregaram valor ao leite e tiveram uma significativa ampliação da renda, aumentando em R$ 0,12 o preço do litro de leite, que antes, sem a cooperativa, nunca passava dos R$ 0,70. Com a criação da Copran, eliminou-se a figura do atravessador.

Dirlete Dellazeri afirmou que «nós temos um mercado local que equivale a 1 milhão e meio de habitantes em um raio que vai de Arapongas até Maringá. Também já produzimos para atender o mercado institucional, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)».

O governador Beto Richa também elogiou o projeto desenvolvido pelo assentamento, com apoio financeiro do BNDES e Banco do Brasil, e disse que o governo do Paraná é parceiro, tanto na construção de casas nos assentamentos quanto oferecendo assistíªncia técnica por meio da Emater. «O Paraná é o primeiro Estado brasileiro a cumprir a exigíªncia do Fundef, no que se refere a pelo menos 30% dos produtos usados na merenda escolar serem procedentes da agricultura familiar». Segundo ele, o Estado compra 10 vezes mais produtos da agricultura familiar do que há tríªs anos.
http://maringa.odiario.com/parana/noticia/722919/dilma-se-encanta-com-experiencia-de-assentados/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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