Os membros da subcomissão de Política Agrícola da Câmara dos Deputados têm encontro marcado com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, na quarta-feira da próxima semana, dia 12. A pauta, proposta pelo presidente do grupo, deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), será uma possível atuação da pasta para “coibir a entrada desregrada de leite importado no país e os consequentes reflexos negativos para os produtores brasileiros”.
Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que no primeiro semestre deste ano as importações de lácteos cresceram 37,6% e atingiram 65,9 mil toneladas, enquanto as exportações recuaram 36,7% para 27,3 mil toneladas, gerando um saldo negativo na balança comercial do setor de 38,5 mil toneladas.
A receita das exportações do setor lácteo no primeiro semestre somou US$ 105,8 milhões (queda de 37,1%), enquanto as importações totalizaram US$ 216,5 milhões (aumento de 4,28%). O déficit na balança comercial cresceu 181% e passou de US$ 34,4 milhões nos primeiros seis meses do ano passado para US$ 110,7 milhões em igual período deste ano.
Os números da Secex mostram que as importações de lácteos do Uruguai no primeiro semestre deste ano cresceram 105,7% em volume (para 30,8 mil toneladas) e 56,9% em valor (para US$ 98,6 milhões). Os uruguaios superaram os argentinos como principais exportadores de lácteos para o mercado brasileiro. As importações da Argentina, que continuam sujeitas ao regime de cotas, cresceram 14,1% em volume (para 29,7 mil toneladas) e recuaram 5,3% em receita (para US$ 89,3 milhões).
O principal destino das exportações brasileiras de lácteos é o mercado venezuelano. Segundo a Secex, as exportações para a Venezuela no primeiro semestre deste ano recuou 35,1% em volume (para 11,1 mil toneladas) e 7,9% em receita (para Us$ 64,4 milhões). O segundo maior mercado é a Arábia Saudita, que neste ano importou 3,2 mil toneladas (aumento de 20,4%) e gerou receita de US$ 7,3 milhões (mais 10,5%).
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