Com a crescente demanda por proteínas nos países em desenvolvimento, a competição nos mercados globais de lácteos se intensificará, disse a analista do síªnior de lácteos do Rabobank da Nova Zelí¢ndia, Hayley Moynihan.
Segundo ela, a maioria do crescimento no consumo global de lácteos ocorrerá na ísia e no Oriente Médio, regiões que buscarão autossuficiíªncia em proteína. Alimentar a crescente classe média dessas regiões será um desafio global e parte dessa nova demanda terá que ser suprida por Estados Unidos e países competitivos em termos de custo da Europa. Fornecedores tradicionais como a Nova Zelí¢ndia farão apenas uma contribuição modesta para a demanda extra. Embora a Nova Zelí¢ndia vá continuar sendo um exportador significante de lácteos, sua participação de mercado declinaria até 2020.
A produção de leite continuaria crescendo na Nova Zelí¢ndia, mas a taxa não seria tão rápida quanto em outros países, como nos da União Europeia (UE), onde as cotas de produção serão abolidas em 2015. «O mercado mundial precisa de mais produção e a competição será mais intensa. A Nova Zelí¢ndia precisa reter seu foco na qualidade, ser custo-competitiva e manter suas relações já existentes».
As exportações de lácteos dos Estados Unidos aumentariam, especialmente para a ísia, até 2020. «Os exportadores dos Estados Unidos estão muito mais ativos que anteriormente e estão competindo com mais vigor do que nunca». A produção de leite está crescendo na economia estagnada dos Estados Unidos e o dólar mais fraco está tornando suas exportações mais competitivas, mesmo com os produtores pagando mais por grãos por causa da seca. O país também mudou para sistemas de escala maior e mais eficientes de produção.
Moynihan disse que a presença dos exportadores dos Estados Unidos nos mercados asiáticos deverá ser duradoura, fornecendo uma competição mais forte para a Nova Zelí¢ndia, porque estão construindo relações lá e fazendo produtos nichos.
Ela disse que os produtores neozelandeses precisarão controlar os custos de produção para se manterem competitivos. Ainda, que eles devem ter um orçamento para qualquer cenário e estar preparados para mudanças. Seu foco mudaria para obter mais produção de um número similar de vacas, mesmo que o crescimento seja leve, disse ela.
A reportagem é do Fairfax NZ News