#Danone: “Somos mais ‘iogurteiros’ que ‘leiteiros’, afirma presidente

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De acordo com informações da multinacional francesa Danone, a taxa de crescimento da empresa no Brasil tem crescido a uma taxa de 15% e o faturamento deverá ser de R$ 2 bilhões. Ainda segundo informações, a companhia detém 38% da categoria iogurte no Paí­s, responsável por quase 80% dos resultados nacionais.

Nem o acirramento da concorríªncia – com o reposicionamento das marcas Batavo e Elegíª (BRF) e a abertura de capital da Vigor (JBS) – parece abalar a confiança de Mariano Lozano, presidente da Danone no Brasil. “Nosso sonho é muito mais de desenvolver a categoria do que de aumentar nossa fatia de mercado”, disse o executivo em entrevista í  NEGí“CIOS.

O desafio, para Lozano, não está tanto nos competidores, mas no perfil de compra do brasileiro, que trata o produto como secundário na compra do míªs. O consumo per capita do iogurte é de 6,5 quilos por ano, o que representa um iogurte a cada seis dias. Levando em conta que esse í­ndice é o triplo na Argentina e chega a quase um iogurte por dia em paí­ses como Portugal e França, o potencial de crescimento da categoria no Brasil, caso seja mantido o cenário de aumento da renda da população nos próximos anos, é enorme.

Segundo Lozano, o mercado movimenta atualmente R$ 5 bilhões no paí­s. O objetivo é que o consumo per capita atinja 10 kg até 2016. O caminho para construir esse cenário o executivo conta abaixo. “Nosso maior foco é convencer o brasileiro a consumir mais vezes e mais frequentemente o produto com algum benefí­cio especí­fico. Já a estratégia da marca é trabalhar a comunicação massiva em metade do portfólio com benefí­cio, os alimentos funcionais, e bater muito na tecla de um iogurte por dia nos produtos restantes, como um veí­culo de nutrientes”, explicou o empresário.

Para Lozano, o vai puxar a categoria é trabalhar o preço do produtor, que está relacionado í  tenda. “O brasileiro ainda tem a ideia de que o produto é supérfluo e caro. Parte da evolução de um produto que é visto como supérfluo e aspiracional para um produto que pertence í  cesta básica é fazer com que o consumidor, cada vez que visite o varejo, compre e que ele o consuma diariamente”, afirmou.

A concorríªncia é analisada de forma despretensiosa pelo executivo, que aposta na construção de valor para a categoria, independente de qual seja o lançamento. Brigar com a concorríªncia não seria a melhor opção, tendo em vista que a população continuaria consumindo as mesmas quantidades do produto. Sobre a posição de vice-lí­der nas categorias água e nutrição infantil (estando atrás da Nestlé), Lozano considera que as divisões são novas e estão em crescimento e destaca, novamente, o foco na divisão principal, a de iogurte.

DISTRIBUIí‡íƒO E RENDA

Mariano Lozano: “í€s vezes, nos perguntam se temos produtos especí­ficos ou um foco muito na classe C. Na verdade, tentamos ter uma linha que esteja presente de uma forma abrangente. í‰ só ver o sucesso da linha Danone Activia, que tem desde produtos que passam por um consumo alto padrão, com grãos, mais sofisticados etc, até a polpa de colher, por R$ 0,99. Tentamos ter uma presença em toda a pirí¢mide. Não temos um foco na classe C, nossa estratégia é mais de “bem-vindo” ao meio da pirí¢mide que de trabalhar a base dela. [As vendas da empresa estão concentradas 40%, na classe C, í  frente da A/B (38%) e D/E (22%). O mercado como um todo no Brasil está divido em 53% de classe A/B, 30% classe C e 17% entre D/E, de acordo dados da Danone”.

PíšBLICOS C E D

Mariano Lázaro: “O que as empresas de consumo tíªm que aproveitar nessa tendíªncia de uma quantidade importante da população que está se movendo na pirí¢mide é que ela comece a consumir mais categorias. Segundo as pesquisas da Nielsen, há 10 anos, a cesta do consumidor no varejo incluí­a 32 categorias. Hoje, ele consome 37. As classes C e D, as quais colocavam de 17 a 18 categorias no carrinho, agora levam 24. O iogurte é um dos itens que essas faixas da população estão começando a incorporar ao carrinho. Então, temos sorte, porque temos opções que falam em alimento, outras que falam em nutrição e saúde, todas com um baita potencial de adoção pelas novas classes”.

FRANí‡A, ESPANHA E BRASIL

Mariano Lozano: “França e Espanha geralmente brigam pelo terceiro posto. De acordo com nossas projeções, a operação brasileira deve passar a ocupar esse lugar no ranking em 2014. Mas isso também depende de como estará o cí¢mbio. Quando vocíª compara laranja com laranja, tem que comparar em euros. Além dessa competição interna, o mais importante é continuar a crescer de forma orgí¢nica, na casa dos 15% todos os anos. Então, isso que vocíª diz vai vir, uma vez que o crescimento na Europa hoje está bem baixo. O grupo divulgou recentemente seus resultados e o crescimento geral está na casa dos 5,6% de aumento”.

PAíSES EM CRESCIMENTO

Mariano Lozano: “Os emergentes claramente carregam o peso de continuar crescendo. A Danone identificou seis paí­ses-chave para o motor do crescimento nos próximos anos. México, Indonésia, China, Rússia, Estados Unidos e Brasil. Para nós, os EUA são um paí­s emergente – o consumo de iogurte lá é muito baixo, é o mesmo do Brasil, e isso se deve í  dieta do americano. Essas regiões sozinhas, atualmente, são responsáveis por 60% de todo o crescimento do grupo. Para nós é ótimo: estamos ficando melhor na foto, mas também temos uma responsabilidade cada vez maior perante o grupo”.

CONSUMO NA RUA

Mariano Lozano: “Esse consumo no Brasil é mais de snack que de café da manhã ou de almoço. í‰ entre as refeições e muito mais frequente pela manhã. Nosso portfólio tem quase 50% de iogurtes bebí­veis e 50% de colher. No caso dos bebí­veis, tentamos estar mais presentes em lojas de conveniíªncia, para aproveitar mais esse momento de snack. Mas nossa categoria ainda não é muito forte nisso. Temos que desenvolver diferentes formatos de bebí­veis para que seja mais fácil alcançar esse público”.

LEITE UHT

Mariano Lozano: “Somos mais “iogurteiros” que “leiteiros”, mas no Brasil, para continuar construindo valor de marca com a Danone, nos estendemos e lançamos o leite UHT Danone enriquecido. Temos uma base de leite UHT, porque compramos a Paulista, em 2000. Não é nosso foco, embora estejamos presente em outras categorias para construir a marca, tanto a Danone como a Paulista, mas nossa praia é muito mais a do iogurte”.

Fonte: matéria adaptada da Revista í‰poca Negócios

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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