Como resultado da audiíªncia pública na Cí¢mara dos Deputados, realizada pela Subcomissão Permanente destinada a acompanhar, avaliar e propor medidas sobre a produção de leite no mercado nacional, na tarde da última terça-feira (29/05), integrantes do setor lácteo brasileiro aguardam, confiantes, medidas urgentes por parte do governo federal.
Representando o poder Executivo, o secretário-executivo do Mapa, José Carlos Vaz, o secretário de agricultura familiar do MDA, Laudemir Mí¼ller, e o coordenador de defesa comercial do MDic MDIC, Marcos Fonseca, se comprometeram em levar í frente as reivindicações debatidas na audiíªncia para que sejam discutidas no próximo encontro da Cí¢mara de Comércio Exterior do governo (Camex), que congrega sete ministérios.
Queixa – Durante o debate, o deputado Alceu Moreira (PMDB/RS), redator da Subcomissão, enfatizou que não há mais tempo para tapinhas nas costas. «Depois de cada reunião a impressão que fica é que se passa uma borracha e tudo é esquecido», reclamou. O parlamentar completou que existe assimetria, e por isso os custos de produção do Brasil estão acima dos demais países.
Mercosul – O presidente da Cí¢mara Setorial do Leite e representante da Confederação Brasileira da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim, adiantou que a Argentina, que hoje cumpre um acordo com o Brasil que estipula um limite para a quantidade que pode ser exportada para o Brasil, tem assinalado que não vai renovar o tratado enquanto outros países estejam exportando sem controle. «O Uruguai aumentou 22% a produção no último ano sem ter aumentado o consumo. Esse leite, com certeza, está sendo exportado», pontuou.
Posicionamento rápido – Para o analista de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gustavo Beduschi, que conduziu uma apresentação sobre os impactos do volume importado atualmente pelo Brasil, faz-se necessário um posicionamento rápido do governo federal no sentido da defesa comercial. «Sem isso, as medidas de apoio í comercialização não tíªm sentido, e a retomada do crescimento da produção estaria comprometida». diz.
INFORME OCB