Condomínio leiteiro é alternativa para obter melhor rendimento

Escala é a saída. Já eficientes na agricultura, produtores de Carambeí, na região de Campos Gerais (PR), resolveram investir também no leite.
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 
Escala é a saída. Já eficientes na agricultura, produtores de Carambeí, na região de Campos Gerais (PR), resolveram investir também no leite.

O caminho foi a criação de um condomínio, o MelkStad (nome em holandês que indica «cidade do leite») – que atualmente figura no nosso Top 100 MilkPoint, em 84º lugar.

Em 2012, eram três produtores, com 50 vacas. Hoje, são seis, com 600 em lactação. O objetivo é chegar a 1.800.

Conforto para as vacas, alimentação farta e contínuo controle das condições de saúde dos animais são pontos essenciais para um bom andamento do condomínio.

Diogo Vriesman, sócio e gestor da parte financeira e administrativa, diz que a saída para a produção de leite é a mesma da agricultura: escala e produtividade.

Vão ficar no mercado os grandes e os pequenos produtores. Os grandes pela escala. Os pequenos porque a própria família levará adiante o negócio, diz ele.

Os produtores da «cidade do leite», que inicialmente iam fazer investimentos separados nas próprias fazendas, viram na união uma possibilidade de redução dos custos fixos e vantagens na compra de insumos.

Ainda não participantes da produção de leite, os consorciados financiaram o projeto, que, quando completo, em 2019, deverá atingir investimentos de R$ 25 milhões.
O projeto, que já tem três barracões com capacidade para 900 vacas, deverá somar outros três na sequência.

Entre os ganhos do condomínio está a redução nos custos de mão de obra, o segundo maior item de peso no projeto, atrás da alimentação.

Além disso, os produtores ganham no preço, devido ao volume de leite repassado para as indústrias.

A produção atual é de 23 mil litros por dia, mas a meta é de 60 mil litros. Outra vantagem são a redução de preços e o prazo mais dilatado na compra de insumos
.
CORAÇÃO

«O coração de um projeto como esse é a ordenha», diz Vriesman. Chamado de carrossel, tem capacidade para a ordenha de 50 vacas juntas e 350 por hora. Tem esse nome porque fica girando. A vaca entra e, quando completado o ciclo da coleta de leite, dá lugar a outra.

Os produtores do condomínio buscam incessantemente também uma outra marca: a produtividade.

Localizados em uma região que tem produtividade média de 25 litros, a «cidade do leite» já está com 37 litros.

Essa produtividade é atingida graças à avaliação dos animais. Ao entrar no carrossel, os computadores registram, além do desempenho da produção da vaca, eventuais necessidades, como alimentação e medicação.

São feitas três ordenhas por dia: às 3h, às 10h e às 18h. Para não perder a mão de obra especializada –e escassa na região–, o grupo só contrata casais, dando emprego a ambos. Às mulheres cabe a função da ordenha.

A necessidade de manter a mão de obra obriga também os produtores a bancar os custos de moradia e de alimentação dos trabalhadores, além de fazer convênios em escolas particulares para os filhos em idade escolar.

Ao avaliar o mercado futuro de leite e o retorno desse projeto, Vriesman diz que «esse é um investimento alto e tem de andar com as próprias pernas. Não é hobby».

«Nossa filosofia não é sermos os maiores produtores, mas os mais eficientes»
Fonte: Jornal Folha de São Paulo.

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas