O Governo do Estado reafirmou, nesta sexta-feira (26), em reunião no Palácio República dos Palmares com mais de 70 produtores, o compromisso com a cadeia produtiva do leite, que enfrenta dificuldades por conta da seca prolongada. O apoio também foi confirmado pelos deputados Givaldo Carimbão e Ronaldo Medeiros, pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e pelo Sebrae Alagoas.Â
Na ocasião, o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, que representou o governador Teotonio Vilela, destacou as ações do Programa Alagoas Mais Leite e citou também as oportunidades para o setor a partir do uso do Canal do Sertão. De acordo com o secretário, as associações de pequenos produtores do Sertão, Bacia Leiteira, Agreste e Baixo São Francisco, que produziam leite de forma desorganizada, receberam acompanhamento e consultoria em associativismo e cooperativismo. “Hoje, elas praticam a atividade de forma mais organizada, conseguem fazer a gestão da unidade produtiva e usam da melhor forma os equipamentos repassados por meio do Programa Alagoas Mais Leiteâ€, frisou.Â
Entre esses equipamentos, segundo ele, estão tanques de resfriamento de leite, kits de ordenha manual higiíªnica, kits de inseminação artificial e cerca de 28 mil doses de síªmen de touros de lato valor genético. Sobre o Canal do Sertão, o secretário enfatizou que o Governo vai instalar 50 unidades para produção de forrageiras irrigadas, ao longo da obra, e mais uma área de 50 hectares contínuos para produção de alimentação animal que vai servir aos produtores da Bacia Leiteira.Â
“Sorgo, capim, cana e palma são os principais itens. Para isso, vamos contar com a parceria das cooperativas e associações. Temos uma unidade demonstrativa que já comprovou a viabilidade dessas culturas com irrigaçãoâ€, destacou Marinho. “Pelo Programa de Sementes, vamos reforçar o apoio para produção de sorgoâ€, emendou o secretário.Â
Uma das reivindicações da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) e da Cooperativa dos Pequenos Produtores de Leite da Bacia Leiteira de Alagoas (Coopaz) é o aumento no valor do litro pago pelo Programa do Leite, que atualmente inclui mais de 3 mil pequenos criadores, beneficiando 80 mil famílias em situação de vulnerabilidade social. Segundo as entidades, o aumento garantido pelos governos federal e estadual há pouco tempo já não é suficiente para cobrir os custos de produção, em virtude da seca e escassez de alimento e água para o gado. O compromisso assumido pelas entidades estaduais e federais e pelos parlamentares é buscar alternativas e lutar pelo aumento do repasse aos agricultores.Â
O presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, destacou o papel social do Programa do Leite, que atua em duas frentes: apoio aos produtores e garantia de alimento í s famílias nos 102 municípios. “Os governos estadual e federal estão dispostos a nos auxiliar, pois percebem o quanto o produtor está empenhado em querer manter-se na cultura leiteira. Se houver iniciativa das políticas públicas, ele vai querer o leite como sua principal fonte de rendaâ€, reforça Aldemar.Â
O presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, aproveitou a ocasião e destacou o surgimento de uma nova bacia leiteira em Alagoas, na região do Baixo São Francisco. Ele citou a criação e o fortalecimento da Coomarituba, com aquisição de 400 matrizes leiteiras, caminhões, máquinas e assistíªncia, numa ação da Codevasf e Seagri.
Fonte: Â Coopearativismo