Chances de recuperação do mercado de lácteos em 2015 parecem menores

O reequilíbrio dos mercados mundiais de lácteos ainda está além do horizonte. Na metade do ano, os mercados globais de lácteos estão em sua posição mais fraca desde 2009.
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Além disso, com o lento reequilíbrio da oferta e demanda mundiais, a maioria dos observadores está concordando que as chances de os mercados se recuperarem ainda nesse ano estão ficando cada vez menores. Os analistas estão adiando qualquer melhora sustentada nos preços para algum momento de 2016.

Embora os preços das commodities estejam significantemente menores com relação ao ano anterior – o preço do leite em pó está mais de 40% menor; os preços dos queijos, manteiga e soro de leite estão 20-30% menores, a oferta global continua expandindo. No primeiro trimestre, a oferta global de leite dos cinco maiores fornecedores (UE-28, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Argentina) se manteve estável. Porém, em abril e maio, a produção aumentou em cerca de 2%, com ganhos em todos os locais.

Agora, o mundo não precisa desse tipo de crescimento na produção de leite. Nos primeiros cinco meses do ano, as importações da China (em uma base de equivalente em leite) caíram em 38% com relação ao ano anterior. Isso equivale a 507.000 toneladas a menos de leite por mês. Os estoques de leite em pó ainda estão cheios e a produção de leite na China está cerca de 4% maior nesse ano.

Ao mesmo tempo, a Rússia continua fora do mercado indefinidamente. Recentemente a Rússia estendeu seu embargo aos produtos lácteos de União Europeia (UE), Austrália e Estados Unidos por mais um ano.

Outros importadores, como México, Sudeste da Ásia e Japão compraram agressivamente, mas eles não podem compensar as lacunas deixadas por Rússia e China. Com essas primeiras compras, os compradores estão estocando para os próximos meses. A maioria do estoque é para esperar para ver e decidir as atitudes a serem tomadas. Agora, os Estados Unidos entraram na calmaria das negociações do verão e não esperam ver os compradores mostrando mais interesse até setembro. Até lá, eles terão uma ideia melhor das previsões da Nova Zelândia bem como se o fenômeno climático El Niño terá algum impacto na produção.

Outros indicadores fundamentais:

– As entregas na UE-28 em abril foram estimadas em 13,2 milhões de toneladas, 2% a mais que os níveis extraordinários do ano passado. Entre os principais países em abril estiveram: Irlanda, com aumento de 11,3%; Holanda, com +1,7%; Alemanha, com -1,4%; e França, com -1,0%.

– A produção de leite na Nova Zelândia aumentou em 8,5% em abril, enquanto a Austrália teve ganho de 2,9%. As pastagens na Nova Zelândia estão em boas condições para o começo da próxima estação.

– A produção de leite nos Estados Unidos continua expandindo. A produção em maio foi de 8,3 milhões de toneladas, 1,4% a mais que no ano anterior.

– Nos primeiros cinco meses do ano, a China importou 223.137 toneladas de leite em pó integral, 54% a menos que os volumes excepcionais comprados no ano passado, embora cerca do mesmo que a média de 2011-13 no mesmo período. As importações de leite em pó desnatado caíram em 31% e de produtos de soro de leite caíram em 4% com relação ao ano anterior.

– Os futuros na NZX continuam refletindo tendências de baixa. Os futuros do leite em pó integral ficaram em média em US$ 2.350/tonelada para dezembro.

– O resultado do leilão GDT desta quarta-feira (1/7) apresentou queda de -5,9% sobre o leilão anterior, com preços médios de lácteos em US$2.276/tonelada. O leite em pó integral apresentou forte queda, de 10,8%, sendo comercializado a um preço de US$ 2.054/tonelada (menor preço desde julho de 2009). O leite em pó desnatado também apresentou queda em seus preços (-5,8%), sendo cotado a US$ 1.875 tonelada.

Fonte: USDEC.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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