í€s vésperas da reunião de cúpula do Mercosul, o governo brasileiro tenta definir uma proposta para a oferta de liberalização comercial que deve ser feita pelo bloco í União Europeia até o fim do ano.
A ideia das autoridades brasileiras é que essa proposta possa ser discutida com Argentina, Uruguai e Venezuela entre esta quinta e sexta-feira (11 e 12/07), quando os presidentes dos países que integram o bloco desembarcarão em Montevidéu para o encontro.
Insuficiente – Setores da administração Dilma Rousseff consideram insuficiente a oferta espontí¢nea do setor produtivo de liberalizar 77% das linhas tarifárias, e querem ampliá-la para 90%. Para diplomatas, cabe ao governo promover a negociação de uma «proposta melhorada». O assunto é tratado entre o Itamaraty, a área econí´mica e os demais ministérios que integram a Cí¢mara de Comércio Exterior (Camex).
Indução – «O governo precisa induzir essa oferta melhorada», comentou uma autoridade envolvida nas articulações, segundo quem é preciso aproveitar que o setor privado dá sinais de que quer ver avançar as negociações com os europeus. «Isso [77%] é pouco. O desejável é 90%, algo considerado substancial.»
Troca de ofertas – Mercosul e União Europeia combinaram de trocar ofertas neste segundo semestre de 2013. «í‰ preciso que essa proposta [do Mercosul] surja. Hoje, ela não existe», disse a fonte.
Agronegócio – Integrantes do governo acreditam que o agronegócio brasileiro possui a competitividade necessária para beneficiar-se de uma eventual abertura comercial. O caso da indústria, porém, é diferente. Essas autoridades avaliam que diversos segmentos da indústria carecem de competitividade e não podem deixar de contar com o Mercosul.
Bloco sul-americano – Os presidentes dos países que integram o bloco sul-americano se reunirão nesta semana em Montevidéu, quando a Venezuela assumirá a presidíªncia temporária do Mercosul. De acordo com diplomatas, representantes da União Europeia afirmaram que não veem obstáculos para as negociações com a Venezuela í frente do Mercosul.
Destino – Entre janeiro e maio deste ano, a União Europeia foi o destino de 19,4% das exportações brasileiras. Os embarques de produtos do Brasil para o bloco europeu somaram US$ 18,08 bilhões no período, queda de 7,1% em relação ao verificado nos primeiros cinco meses de 2012.
Fornecedor – A União Europeia também é um dos principais fornecedores do Brasil. As compras brasileiras de produtos europeus totalizaram US$ 20,89 bilhões entre janeiro e maio, alta de 7,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Fonte: Assessoria de Imprensa da OCEPAR/SESCOOP-PR