#BR Foods e mais 20 frigorí­ficos são acionados pelo MPF

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Gado comercializado era criado em áreas alvo de desmatamento e com trabalho escravo
A Sadia S/A, a BRF Brasil Foods S/A (Sadia e Perdigão) e outros 19 frigorí­ficos de Mato Grosso foram alvos de ação do Ministério Público Federal (MPF), protocolada nesta segunda-feira (15) na Justiça Federal, por comercialização de bois criados ilegalmente em áreas alvos de desmatamento, teras indí­genas e fazendas onde há trabalho escravo.

As 21 empresas processadas em Mato Grosso abateram 21.165 ‘bois piratas’, que resultaram R$ 211 milhões em ações.

As Procuradorias da República em Rondí´nia e Amazonas também ingressaram com outras cinco ações contra os frigorí­ficos desses estados. Juntas, as 26 ações pedem indenização no valor de R$ 556,9 milhões.

Em Mato Grosso, são alvos da demanda judicial os frigorí­ficos: Superfrigo In. Com. S.A, Sadia S/A, Rodrigo Silva Moraes Cia Ltda, Navi Carne Ind. Com. Ltda, Plena Alimentos Ltda, Marcelo Sampaio Correa ME, Frig West Frigorí­fico Ltda, Frigovale do Guaporé Com. E Ind., Frigorí­fico RS Ltda EPP, Frigorí­fico Jose Bonifácio Ltda, Frical Frigorí­fico Ltda, Alvorada Agroindustrial Alim. S/A, Bombonato Ind. e Com. De Alimentos Ltda-ME, BRF Brasil Foods S/A, Abatedouro Tríªs Irmãos Ltda, Agra Agroindustrial Alim. S/A, Vale Grande Ind. Com. Alim. S/A, Carnes Boi Braco, Brasfri S/A e Guaporé Carnes S/A.

Por meio de um cruzamento de dados da origem e o destino de abate do animal, foi possí­vel identificar os frigorí­ficos que utilizavam os animais criados ilegalmente em propriedades de Mato Grosso, Amazonas e Rondí´nia. Cerca de 55,699 mil animais foram comercializados nessas propriedades. Os dados são referentes ao perí­odo de janeiro a setembro de 2012.

Desde de 2009, as Procuradorias da Repúblicas dos estados da Amazí´nia Legal tentam entrar em acordo para evitar que os frigorí­ficos comercializem e abatam animais oriundos de áreas embargadas, terras indí­genas e trabalho escravo.

Cerca de 100 empresas já aderiram ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Nas últimas semanas, o JBS, o maior frigorí­fico do mundo, e os frigorí­ficos Siqueira e Holanda Ltda-ME (RO), São José do Matrinchí¢ Ltda-ME (MT) aderiram o acordo proposto pelo MPF para buscar a regularização socioambiental de suas atividades.

As redes de fast food como a Bob’s, Burger King, China In Box, Giraffa’s, Habbib’s, Mac Donald’s, Pizza Hut, Spoletto e Subway serão comunicadas, nesta semana, sobre a ação contra os 26 frigorí­ficos e a recomendação de adotarem medidas de prevenção e controle da origem dos produtos que comercializam.

Da mesma forma, as grandes redes de supermercados também serão comunicadas pelo Ministério Público Federal.

De acordo com as informações do procurador da República no Estado do Amazonas, Leonardo Macedo, as ações tíªm como objetivo de proteger o meio ambiente, proteger o consumido, além, de garantir a tutela da ordem econí´mica. “Aquele produtor que mantém o trabalhador sob condições análogas a escravidão, faz o desmatamento, não pode igualar em condições de mercado daquele pecuarista que respeita as leis”, explicou.

Abate ilegal

A pedido do próprio setor de frigorí­fico, o MPF de Mato Grosso iniciou as investigações para combater o abate ilegal de animais, colocando um basta na concorríªncia desleal.

“Não queremos, com as 26 ações, nos afastar do setor, queremos o diálogo e o compromisso socioambiental de que não comprem animais de áreas embargadas, terras indí­genas e fazendas que estão na lista do trabalho escravo do Ministério do Trabalho”, argumentou o procurador da República, Rodrigo Costa e Silva.

 

http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=3&cid=156248

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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