Boas práticas podem elevar qualidade do leite

Cooperativa Santa Clara adotou o programa PAS-Leite, incentivando melhorias na produção, transporte e indústria
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Cooperativa Santa Clara adotou o programa PAS-Leite, incentivando melhorias na produção, transporte e indústria

 

Mudanças simples, mas extremamente necessárias, têm um potencial maior do que se imagina para elevar a qualidade do leite produzido no Estado. Esse é um dos principais ensinamentos deixado pelo Programa Alimento Seguro (PAS), implantado pela primeira vez no Estado no decorrer do último ano.

O projeto-piloto, que conseguiu abranger uma microcadeia produtiva – disseminando boas práticas de produção e manipulação para transportadores, produtores rurais e a indústria -, fecha um ciclo nesta sexta-feira com a entrega de certificado a 13 produtores rurais que participaram da capacitação nos últimos sete meses.

A indústria escolhida para participar do projeto-piloto foi a Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, que já preenchia uma série de requisitos que a tornavam apta a implantar os processos estabelecidos pelo PAS Leite. A empresa implantou, em 1991, um programa de remuneração do leite também pela qualidade entregue pelo produtor, considerando os resultados nos testes de Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS) – um dos primeiros requisitos.

«Exigimos que a empresa tenha programa de pagamento pela qualidade para que os produtores obtenham o retorno pela adoção das práticas», explica a médica veterinária e fiscal federal agropecuária Ana Lucia Stepan, uma das articuladoras do PAS-Leite no Estado. Outro aspecto que favoreceu a participação da cooperativa está no núcleo de produtores de leite tipo B, o leite de saquinho. Para produzir leite B, o produtor precisa atender a uma série de requisitos, como uso de ordenhadeiras canalizadas. Além disso, o leite é coletado individualmente e pasteurizado no mesmo dia, chegando ao consumidor na mesma data em que foi processado.

Como a captação do leite B é feita isoladamente, não sendo misturado com os demais, é mais fácil acompanhar os resultados obtidos com a implantação do programa. Do universo de mais de 3 mil produtores da Santa Clara, os 13 que produzem leite tipo B foram todos capacitados pelo PAS Leite. Segundo o diretor industrial de lácteos da cooperativa, João Seibel, a implantação das boas práticas levou a empresa a ampliar em um dia o prazo de validade do leite comercializado, passando de 7 para 8 dias. «Isso mostra que o programa traz melhoria para todos, principalmente para o consumidor.»

Há ainda mais uma razão que levou a Santa Clara a ser convidada a participar o projeto-piloto: a empresa, que já trabalhava com as Boas Práticas de Fabricação (BPF), estava implantando o programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (Appcc), que estabelece a adoção de práticas positivas dentro da indústria.

Cumprindo todos os pontos prioritários, a Santa Clara já tem todos os freteiros capacitados no programa desde o final do ano passado e, agora, conclui a adoção do PAS-Leite por parte dos produtores de leite B. «Na cerimônia de entrega dos certificados, a Santa Clara também vai divulgar e oferecer um produto diferenciado originado neste projeto-piloto: que é o nosso leite tipo B», antecipa Seibel, indicando uma linha de produtos que deve ganhar projeção na empresa a partir de agora.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=202628

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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