#Banrisul reduz meta de expansão de crédito

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Com lucro estável e mais receita em produtos no primeiro semestre, banco aumenta rigor para emprestar a empresas

A taxa inadimplíªncia que se manteve em alta no segundo trimestre do ano e a menor sede por financiamentos levaram o Banrisul a revisar as metas de crescimento do setor a carteira de crédito para 2013. O que era previsto para avançar entre 15% a 20% recuou para uma banda entre 11% e 16%. O desempenho mais fraco no segmento de pessoa jurí­dica foi a maior causa do freio na expectativa, admitiu ontem a direção da instituição, na divulgação do balanço do primeiro semestre. O banco elevou suas exigíªncias para reduzir riscos, como redução de limites de crédito, apontou o diretor comercial, Jone Luiz Hermes Pfeiff.

O presidente do banco, Túlio Zamin, justificou que o ajuste segue polí­tica das grandes instituições de varejo do mercado nacional. Dirigentes da instituição gaúcha atentaram para a aceleração de pedidos de recursos desde julho, que pode mudar o quadro no segundo semestre. O banco fechou os seis primeiros meses do ano com lucro lí­quido de R$ 419,7 milhões, repetindo o saldo do mesmo perí­odo do ano passado. O segundo trimestre (R$ 215 milhões) mostrou alta de 5% no resultado lí­quido frente ao trimestre anterior e de 4,7% ante o mesmo perí­odo de 2012.

Os ativos do banco alcançaram R$ 52,5 bilhões, alta de 22,7% sobre o primeiro semestre do ano passado. O Banrisul apresentou, ainda, no primeiro semestre, crescimento de 10,2% no saldo das operações de crédito, atingindo o volume de R$ 25,2 bilhões. O patrimí´nio lí­quido do banco alcançou R$ 4,9 bilhões. A elevação dos atrasos no primeiro semestre foi puxada principalmente por débitos de operações contraí­das por grandes empresas, como a gigante de laticí­nios LBR, que entraram em recuperação judicial, o que interrompe pagamentos, a serem alvo de renegociação. Outras quatro indústrias que também tíªm dí­vidas com o banco, algumas da Serra gaúcha, seguiram o mesmo caminho da LBR. “Se tirar quatro a cinco contratos, voltamos ao ní­vel de 12 meses”, contrastou Zamin.

O í­ndice geral de atraso de 60 dias subiu de 3,91% (janeiro a março) para 4,02% (abril a junho). Até 90 dias, a taxa no segundo trimestre foi de 3,39% (ante 3,33% no perí­odo anterior). Há 12 meses (considerando junho de 2012), o í­ndice para 60 dias era de 3% e de 90 dias, de 2,61%. Mesmo com a inadimplíªncia maior na pessoa jurí­dica, Zamin destacou que cresceu o repasse de financiamento de longo prazo, sinalizando aposta de empresas em capacidade futura. “Isso refletirá em atividade econí´mica logo ali adiante”, associou o presidente.

O presidente do banco frisou que a mudança de expectativa segue movimento dos grandes bancos do varejo brasileiro. Se a economia gaúcha mantiver tendíªncia de crescer acima da média nacional, a instituição acredita que a expansão da carteira ficará mais perto do teto. O banco apontou como muito exitosa a captação de recursos por meio da oferta pública de Letras Financeiras, que buscava obter R$ 1,6 bilhão e registrou oferta de R$ 2,346 bilhões. Para o diretor Financeiro e de Relações com Investidores (RI), João Gazzana, o desempenho surpreendeu, pois muitos bancos haviam recuado neste tipo de operação. O recurso servirá para aportar maior blindagem da carteira do banco.

A área de serviços concentrará cada vez mais esforços do Banrisul, tendíªncia que já é colocada entre prioridades dos maiores bancos do mercado. O setor, que respondia por 13% a 14% da receita total há 12 meses (junho de 2012), teve alta de 19,4%, somando R$ 124 milhões. Pfeiff aposta que o desempenho na área deve dobrar no fechamento do ano. Receitas na rede de credenciamento de pagamentos do Banricompras, de seguros, planos de previdíªncia, cartões de crédito e corporativo e consórcios compõem o mix de novas entradas. A meta é atingir 20% da fatia da receita oriunda de produtos e serviços, reduzindo a dependíªncia a operações de crédito, até 2014.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=131747

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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