Em seus 20 hectares, dentro do assentamento Montana, localizado no município de Bataguassu, a 335 quilí´metros de Campo Grande, o pequeno produtor rural, Clovis Lorenço, serve de exemplo para produtores de todas as classes, quando se trata de produtividade de leite durante o período de seca.
Há mais de dez anos no ramo do leite, o assentado cria em sua propriedade 22 vacas leiteiras com a média de 2 mil litros de leite por míªs. Normalmente esta produtividade costumava a diminuir no período de seca, (maio a setembro) o que tornava uma preocupação para o produtor. “ Toda vez era um pesadelo. Como dependo do leite para sobreviver, na seca era complicado, pois a produção diminuía por falta de ter o que a dá de comer para a vaca, já que o pasto ficava seco por causa da estiagem†– explica Clóvis í reportagem do Capital News, usando o “passado†em suas definições, já que atualmente o período de seca não aterroriza mais o produtor. “ Hoje estou muito mais tranqí¼iloâ€.
Clóvis afirma com conhecimento, por que hoje serve de exemplo para outros produtores., ele reformou o pasto, formou campineiras em 2011 e 2012 não terá problema com a produção de leite. “Tenho pasto o suficiente para alimentar o gado durante o período de estiagem†– afirma.
O produtor foi capacitado pela equipe de Transferíªncia de Tecnologia (TT) da Embrapa Agropecuária Oeste, em 2010, quando técnicos usaram sua propriedade como campo experimental, onde foram usadas tecnologias simples e fáceis de serem implantadas para a recuperação de pastagens. Deu tão certo, que este ano o produtor manteve o que aprendeu com os técnicos.
A primeira etapa foi í correção do solo; a troca da espécie forrageira que estava em estado de degradação (no caso de seu Clávis, a troca foi da Brachiaria decumbens pela Piatã); a segunda foi o aumento da área de plantio de cana-de-açúcar e adotaram o pastejo rotacionado, dividindo a área em 15 piquetes. A divisão facilita o monitoramento da pastagem e do consumo de pastos pelos animais, e conserva o solo.
De abril a outubro, o pastejo nos piquetes onde ocorrem a reforma de pasto oferece alimento o suficiente, desde que haja bom manejo do rebanho.
Como adubos verdes, foram utilizados Crotalária juncea e Crotalaria spectabilis, feijão –guandu que serve como forrageira e alternativa de suplementação alimentar para o gado, além do feijão – de – porco substituindo os adubos químicos.
A estratégia foi um sucesso, que no míªs passado, foi montado uma Unidade de Referíªncia no lote do assentado, onde aconteceu a Jornada do Produtor Rural, evento realizado pela Embrapa Agropecuária Oeste, Agraer, Prefeitura Municipal e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bataguassu.
Fonte: Melice Sguissardi – Capital News (www.capitalnews.com.br)