#APL quer medidas governamentais para setor da pecuária de leite

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Importações de produtos lácteos de outros paí­ses e alta taxa de impostos em estados vizinhos estão prejudicando produtores de leite da região norte capixaba.

Os pecuaristas de leite da região norte do Espí­rito Santo estão descontentes com a falta de incentivo governamental para a atividade, que está resultando em queda no preço do leite. A importação de produtos lácteos de outros paí­ses e a carga tributária desigual com outros Estados brasileiros são alguns dos fatores que preocupam o setor.

De acordo com a Associação dos Produtores de Linhares e Região (APL), a abertura do mercado brasileiro para o leite e seus derivados importados de outros paí­ses produtores que tem subsí­dios prejudica o mercado nacional. “Com o apoio que os produtores desses paí­ses (Nova Zelí¢ndia e Argentina, por exemplo) recebem, o custo de produção diminui e eles conseguem chegar com o leite mais barato aqui no Brasil, prejudicando nossos produtores que não tíªm incentivos”, diz Cirilo Pandini Júnior, presidente da APL. Segundo Pandini, os laticí­nios brasileiros compram o produto de fora pelo valor de R$0,70 a R$0,80, pressionando a cotação do leite para os produtores capixabas.

Outro fator que tem prejudicado a pecuária capixaba é a distorção tributária. O Espí­rito Santo tem desvantagem em relação aos outros estados produtores. “Aqui no Estado, os impostos são mais baixos para a entrada de produtos lácteos de fora, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, o que não acontece com nossos produtos lá. Isso tem prejudicado nosso mercado também. Precisamos que os impostos sejam equiparados. São decisões governamentais que favorecem nossa pecuária”, destaca Pandini.

Segundo o gerente da Latí­cinios Damare, Cincinato Mendes, no Espí­rito Santo, o Leite Longa Vida produzido em solo capixaba e o de outros Estados tem o mesmo tratamento tributário até chegar ao consumidor final, diferente da realidade nos estados vizinhos. “Isto não acontece com Minas Gerais e Rio de Janeiro que cobram 18% de alí­quota para entrada de produtos produzidos no Espí­rito Santo. Isto significa que o estado de Minas é o que mais vende dentro do ES e a indústria capixaba não consegue vender para Minas Gerais e Rio de Janeiro. Precisamos tratar da mesma forma”, afirma Mendes.

Importação ocasiona queda de preço ao produtor, diz gerente de laticí­nio

De acordo com Cincinato Mendes, gerente do Laticí­nios Damare, localizado em Montanha, norte capixaba, a importação de leite afeta o mercado no Brasil porque a produção da Argentina, Uruguai e Chile vem crescendo muito e gerando um excedente do produto. Com o Mercosul, existe uma facilidade dos produtos lácteos entrarem no Brasil sem tributação, tornando-o mais competitivos do que o nacional. “Atualmente, em dólar, um dos preços mais altos do mundo é do Brasil, o que faz o produto brasileiro ficar em desigualdade e o paí­s ser um grande importador de produtos lácteos. Esta importação muita alta com preços menores ao nacional provoca uma queda de preço no produto final e, consequentemente, uma queda ao produtor”, diz Cincinato.

Fonte: Notí­cias Agrí­colas

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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