#Ações integradas aumentam a eficiíªncia da pecuária leiteira

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A produção leiteira brasileira tem sofrido duramente com o aumento dos custos,com preços relativamente estáveis e com a entrada do produto e seus derivados de paí­ses vizinhos. Os custos foram altamente afetados em 2012, sobretudo pelo aumento do gasto com a aquisição de alimentos – mais especificamente, com o concentrado. Nesse contexto de encarecimento de insumos e da mão de obra e da terra, é preciso melhorar a eficiíªncia técnico-econí´mica dos sistemas de produção. Para fazer frente a essa realidade, que é influenciada também por fatores externos, cabe compreender os nossos sistemas de produção, as polí­ticas públicas e a estrutura da cadeia, comparando-os aos parí¢metros dos principais concorrentes. Embora não seja uma tarefa fácil, é estritamente necessária para a elaboração de propostas estratégias que contribuam para a melhoria da competitividade do setor nacional.

Além de determinantes da eficiíªncia macro e mesoeconí´micas relacionadas í  intervenção do Estado na economia (custos de logí­stica, taxa de cí¢mbio, impostos), também devem ser considerados os fatores ligados aos sistemas de produção. Segundo o IFCN “milk report 2012” (International Farm Comparison Network ou Sistema Internacional de Comparação de Fazendas), o custo médio de produção de 100 kg de leite no Uruguai e na Argentina esteve entre US$ 20,00 e US$ 40,00, em 2011, enquanto no Brasil essa média superou os US$ 40,00. O custo da terra, a produtividade do rebanho, preço de insumos e a mão de obra são alguns fatores importantes que dificultam a competitividade da cadeia de lácteos brasileira em relação aos seus vizinhos.

Com o objetivo de se elevar o desempenho da pecuária leiteira, devem ser priorizadas as ações integradas entre Governo, produtores e cooperativas/empresas processadoras de lácteos. Polí­ticas que visam í  melhoria da qualificação e atendimento técnico-econí´mico aos produtores poderiam ser uma das alternativas. Em paí­ses como Nova Zelí¢ndia e Irlanda, medidas neste sentido substituem as barreiras comerciais ao produto estrangeiro ou limitações í  importação. Os resulta dos positivos são evidentes e esses paí­ses estão entre os mais competitivos na produção leiteira mundial.

Programa

Na Irlanda, o governo incentiva, economicamente, produtores que se organizam em grupos para o melhoramento contí­nuo das propriedades. Por meio do programa chamado Greenfield Dairy, assistentes técnicos especializados são colocados em contato direto com pequenos grupos de produtores para a discussão dos próprios í­ndices de produtividade e caracterí­sticas de seus sistemas, em encontros mensais, nas propriedades de alguns de seus membros. Nesse programa, produtores contribuem financeiramente com uma parte do custo da consultoria que recebem, enquanto o governo arca com outra parcela. O Greenfield Dairy Programme tem proporcionado aumento na produção de leite e na rentabilidade de propriedades pela formação e aumento da eficiíªncia na utilização de recursos de produção.

Programas com objetivos semelhantes também víªm se desenvolvendo no Brasil, como o Geraleite da Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), o Educampo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio í s Micro e Pequenas Empresas) e o “Balde Cheio”, da Embrapa Pecuária Sudeste (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O Geraleite é um programa estadual, que assiste 261 produtores no Estado, e tem gerado ganhos ao produtor e a toda cadeia produtiva. Nos casos dos programas do Sebrae e da Embrapa, apesar de serem de í¢mbito nacional, o alcance ainda é pequeno, devido í  extensão da atividade leiteira no Brasil. Dados da Embrapa indicam que, até 2012, 0,27 % das propriedades leiteiras nacionais foram atendidas, o que significa 3.283 propriedades, localizadas em 607 municí­pios,enquanto o programa de Sebrae atende cerca de 998 produtores.

Cooperativas e indústrias processadoras também poderiam investir em ações integradas. Teriam benefí­cios relacionados í  regularidade de suprimento e aumento da oferta de leite, além da adequação da qualidade í s suas necessidades, que avançam pari passu com a demanda dos consumidores. Aos produtores, caberia a conscientização e a participação nesses processos de melhora contí­nua, que lhes beneficiariam e í  sustentabilidade de toda cadeia leiteira.

Fonte: CNA

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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