Produtores de leite preocupados com falta de rejuvenescimento do setor

Os produtores de leite estão preocupados com a falta de entrada de jovens agricultores no setor, temendo que essa situação possa criar desequilíbrios e retirar competitividade no mercado.
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Os produtores de leite estão preocupados com a falta de entrada de jovens agricultores no setor, temendo que essa situação possa criar desequilíbrios e retirar competitividade no mercado.

Esta foi uma das conclusões retiradas hoje do Colóquio Nacional do Leite, que reuniu em Vila do Conde, no distrito do Porto, produtores, empresários do setor, dirigentes cooperativos e governantes, que concordaram ser necessário um rejuvenescimento na atividade.

«É preocupante ver que os jovens que não estão a investir no setor, sobretudo por estarem desmotivados pelos preços baixos que são pagos aos produtores. Temos apenas sobrevivido devido à injustiça na distribuição dos lucros, e compreendo que não seja apelativo para os mais jovens», analisou Jorge Oliveira, presidente da Associação de Produtores de Leite de Portugal [APROLEP], uma das entidades organizadoras do colóquio.

Marisa Costa, uma jovem produtora da Póvoa de Varzim, inverteu essa lógica há quatro anos, dando sequência ao negócio familiar, depois de ter ficado desempregada, explicando no debate que «a incerteza no setor é o principal motivo de desmotivação dos mais jovens».

«As constantes mudanças nos preços causam incerteza, o que não é convidativo para investimentos. Não conseguimos ver, a longo prazo, uma estabilidade financeira nesta atividade, e só a paixão pelo setor e a vontade de não deixar cair o negócio deixado pelos nossos pais nos faz continuar», disse a jovem produtora.

José Moreira Campos, produtor de uma geração mais velha e também dirigente na cooperativa AGROS, reconheceu que os próprios familiares não passam uma mensagem de incentivo aos mais novos, devido aos contextos de dificuldades que atravessaram.

«Há uma desilusão muito grande contagiada pelos pais, que não os leva a motivar os filhos ou familiares mais novos a continuarem e melhorarem as explorações. Além disso, é uma atividade dura, que requer horários rígidos, fins de semana a trabalhar, que só pode ser atenuado com tecnologias que obrigam a grandes investimentos», apontou este produtor.

Neste contexto, o governo tem apontando o caminho da exportação e internacionalização como soluções para tornar o setor do leite mais rentável para os produtores e mais atrativo para os jovens.

«Temos de criar novas formas de atrair os jovens, apostando na inovação a nível tecnológico, institucional e comercial, pois este setor só se afirmará com uma atividade de futuro se apostar na internacionalização e criar alianças estratégicas no estrangeiro», referiu o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, que também marcou presença na iniciativa.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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