#Vigor assume laticínio que BRF construía no RJ

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A Vigor Alimentos, empresa de lácteos controlada pela J&F, assumiu a indústria de laticínios que estava sendo construída pela BRF em Barra do Piraí (RJ), conforme antecipou ontem o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor.

Em entrevista ao Valor, o presidente da Vigor, Gilberto Xandó, disse que a empresa está «assumindo a unidade que a BRF abandonou para dar continuidade à sua expansão» no país. Segundo ele, «o Estado do Rio recebeu a unidade de volta [da BRF]» e a cedeu em comodato para a Vigor. «Houve desinteresse do lado da BRF» em continuar o projeto, acrescentou. Cerca de 70% da nova fábrica está construída, e o plano da Vigor é colocar a planta em operação em quatro a cinco meses, informou.

A Vigor pretende investir cerca de R$ 150 milhões na unidade e na construção de um novo centro de distribuição nos próximos cinco anos, de acordo com o executivo.

Procurada para comentar o assunto, a BRF não se pronunciou. A construção da unidade de Barra do Piraí pela BRF foi anunciada no fim de 2011, ainda quando Nildemar Secches presidia o conselho de administração da companhia e José Antônio do Prado Fay era CEO da BRF.

Mas, de acordo com o Valor, a atual gestão da empresa, que tem Abilio Diniz na presidência do conselho de administração, sempre mostrou restrições à operação de lácteos, por considerá-la pouco rentável, e já admitiu que pode se desfazer total ou parcialmente dessa divisão da companhia. Até um banco de investimentos foi contratado para cuidar do assunto.

Segundo o Valor, no fim de abril, o CEO global da BRF, Claudio Galeazzi, disse que o futuro da divisão de lácteos – que teve receita líquida de R$ 2,8 bilhões no ano passado – seria definido num prazo de 60 dias a 90 dias. «Estamos analisando neste momento as possibilidades em lácteos, inclusive não excluindo venda parcial ou total. Nos próximos meses, provavelmente 90 ou 60 dias [devemos ter essa decisão]», afirmou Galeazzi na ocasião, em teleconferência com analistas.

Em relação à unidade de Barra do Piraí, a BRF também já havia indicado, no início deste ano, que reavaliava o projeto, em mais um passo do processo de reestruturação das operações da companhia, iniciada com a chegada de Abilio Diniz. Na época, a empresa informou que o projeto inicial da fábrica fluminense previa apenas a industrialização de leite longa vida (UHT), mas que «Estado, empresa e lideranças locais estavam dialogando para alinhar as expectativas».

Ontem, o presidente da companhia, Gilberto Xandó, assinou um memorando de entendimentos com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, em que a Vigor assume a unidade em construção. «Já fazia parte da nossa estratégia fazer expansão importante para outros Estados», afirmou Xandó. Ele reiterou que o plano da Vigor «é sair da concentração em São Paulo e ir para o resto Brasil».

O presidente da Vigor acrescentou que há dois anos a empresa se instalou no Estado do Rio com a construção de um centro de distribuição na capital carioca, dentro do programa RioLog, que dá incentivos fiscais a empresas que invistam em logística e distribuição. Na ocasião, conforme Xandó, a Vigor também assumiu o compromisso de ter uma unidade de produção de lácteos no Estado – que busca incentivar a cadeia produtiva de leite – num prazo de cinco anos.

A desistência da BRF acabou acelerando os planos da empresa controlada pela J&F. O plano da Vigor é produzir iogurtes tradicionais, grego, petit suisse, leite fermentado e leite longa vida na nova fábrica, e a previsão é de que a planta processe cerca de 6 milhões de litros por mês inicialmente, segundo Gilberto Xandó. A unidade deve gerar 500 empregos diretos.

Quando anunciou a construção da unidade, no fim de 2011, a BRF informou que pretendia investir R$ 70 milhões no projeto. A previsão inicial era de que a fábrica fosse inaugurada em janeiro do ano passado. A BRF teve incentivos do governo para se instalar no Estado, entre eles a cessão do terreno de 100 mil metros quadrados.

http://www.valor.com.br/agro/3587322/vigor-assume-laticinio-que-brf-construia-no-rj

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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