Setor leiteiro do Ceará reclama de concorrência desleal

O setor pecuário leiteiro do Ceará está à beira de um colapso. O alerta é feito por representantes dos produtores e de indústrias no Estado.
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O setor pecuário leiteiro do Ceará está à beira de um colapso. O alerta é feito por representantes dos produtores e de indústrias no Estado. Segundo eles, o motivo é o leite proveniente de outros estados e países, principalmente em pó. O derivado lácteo é diluído e transformado em leite hidratado. Além de as indústrias de laticínios cearenses manterem estocados mais de 20 mil litros in natura, os preços do produto considerado “invasor” é bem abaixo do aplicado no mercado nacional.
A denúncia é feita pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya. Ele informou estar tratando da problemática há mais de um mês com a Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz). A atividade leiteira envolve, diretamente, 120 mil pessoas em quase 90 mil propriedades das 394 mil existentes no território cearense, conforme o Censo de 2017. Desse total, 75% são provenientes da pequena produção, com média diária de 50 litros por fazenda, os mais prejudicados.
O presidente do Sindicato Rural de Quixeramobim, Cirilo Vidal, onde está concentrada a maior bacia leiteira do Estado, com mais de 110 mil litros por dia, aponta a prática de mercado aplicada atualmente como desleal, cabendo ao Estado interceder na proteção dos produtores cearenses. A alternativa mais rápida é barrar o leite em pó. “O leite produzido no Ceará é da melhor qualidade, enquanto o leite diluído contém água”, ressalta, lembrando o momento de extrema fragilidade do setor amargando, inclusive, além de outras dificuldades, cinco anos de seca.
Em busca de solução para a crise, a Faec formou um grupo de trabalho, constituído por produtores e industriais da cadeia produtiva do leite. Eles elaboraram um documento e encaminharam ao Governo do Estado, solicitando o aumento da taxação para os derivados chegados de fora.
No dia 12 deste mês, a Sefaz fixou em R$ 0,50 o valor do ICMS líquido a recolher nas operações procedentes de outras unidades da Federação por cada litro de leite UHT.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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