Produção de leite em MT cai 13% em 7 anos, revela IBGE

Na contramão do desempenho nacional, a produção de leite em Mato Grosso registrou queda expressiva na comparação com os números do início desta década.
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Na contramão do desempenho nacional, a produção de leite em Mato Grosso registrou queda expressiva na comparação com os números do início desta década. Enquanto o volume total produzido no Brasil saltou 9% entre 2010 e 2017, por aqui houve uma significativa redução de 13% no mesmo período.
Segundo a última Pesquisa Pecuária Municipal realizada pelo IBGE, a produção de leite no estado fechou o ano de 2017 com 615,8 milhões de litros. Sete anos antes, girava em torno de 708,4 milhões de litros, uma diferença de 92 milhões de litros!
O perfil da pecuária leiteira em Mato Grosso ajuda a explicar os motivos desta queda. De acordo com o “Diagnóstico da Cadeia do Leite”, publicado pelo Imea em 2012, em 51% das propriedades leiteiras no estado, a produção diária não passa dos 50 litros. Em outros 22%, a produção fica entre 50 e 100 litros/dia, confirmando a grande predominância da agricultura familiar na atividade. E é justamente esta “base” da cadeia, a mais sensível aos fatores que limitam o desempenho.
Para o analista de pecuária da Famato, Marcos de Carvalho, o principal problema ainda está na baixa tecnificação – e na falta de assistência técnica – enfrentada pela maioria dos “pequenos produtores”. Ele alerta, no entanto, que existem vários programas/projetos que disponibilizam informações e conhecimentos aos pecuaristas, mas que, muitas vezes, estes “extensionistas” esbarram na desconfiança dos próprios produtores.
Outro problema crítico sentido na pele por muitos produtores é a dificuldade de acesso ao crédito. Como as margens na atividade têm ficado cada vez mais comprimidas, diante da elevação dos custos, essa “barreira” acaba limitando os investimentos que poderiam ser feitos em busca de melhores resultados, como o melhoramento genético do plantel, a reforma de pastagens, suplementação, infraestrutura das propriedades, etc.
Além destes itens, o baixo índice de sucessão familiar na atividade também tem comprometido o desempenho das propriedades leiteiras. Diante da realidade já mencionada, poucos jovens demonstram interesse em dar sequência aos passos dos pais. Estima-se que em apenas 36% das propriedades com produção diária inferior à 50 litros, a sucessão familiar esteja “garantida”. Um dos maiores incentivos para que estes jovens permaneçam no campo, na avaliação do analista da Famato, é a melhora dos resultados da propriedade… e para que esse avanço aconteça, os demais itens mencionados, também terão que progredir.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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