Uma série de fatores contribuiu, nos últimos meses, para a diminuição da produção de leite no Brasil – incluindo o comportamento do clima, os preços baixos praticados no primeiro semestre e a greve dos caminhoneiros. Com a menor oferta dessa matéria-prima, o preço subiu. Nesta semana, o Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina, reunido em Florianópolis, anunciou os valores de referência para este mês de julho com projeção de 5,3% de aumento.
O leite entregue em julho para processamento industrial a ser pago em agosto pelos laticínios terá aumento de 6 a 8 centavos/litro. Os valores projetados são os seguintes: leite acima do padrão R$ 1,7432/litro; leite padrão R$ 1,4172/litro e abaixo do padrão R$ 1,3122/litro. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso.
O mercado catarinense está pagando aos produtores rurais, como de praxe, acima dos valores de referência. O consumidor está sentindo os efeitos dessa nova situação nas gôndolas, pois o preço final também subiu no varejo.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) explicou que, com a redução da oferta, muitas indústrias lácteas de outros Estados estão comprando o leite catarinense, aquecendo o chamado “mercado spot”. Essa situação força os laticínios do Estado a elevar o preço para garantir o estoque de leite bruto para processamento evitar recuar na participação de mercado.
O presidente em exercício do Conseleite/SC José Carlos Araújo considera que a atual situação de alta nos preços do leite ainda é um dos reflexos negativos da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio, quando os produtores não conseguiam retirar o leite dos estabelecimentos rurais e as indústrias não conseguiam receber leite para processamento: mais de 50 milhões de litros foram jogados foram.
“De um lado os produtores diminuíram a produção uma vez que durante o período da greve não receberam insumos para alimentação dos bovinos e, consequentemente, a produção foi reduzida. De outro, o leite não chegou até as indústrias e o reflexo foi sentido lá na ponta pelo consumidor final que passou a ter um produto mais caro”, esclarece. A expectativa do Conseleite/SC, segundo Araújo, é de que essa situação permaneça igual até o mês de setembro, quando a produção deve ser normalizada.
O presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo observa que as incertezas do mercado serão reduzidas quando a região ingressar no mercado internacional. “O Sul tem condições de exportar, principalmente pela qualidade do rebanho e por abrigar grandes indústrias. Temos que fazer a nossa parte com uma produção de qualidade e alto nível que permita a exportação de produtos lácteos para inúmeros países”, asseverou.
ATUALIZAÇÃO
Santa Catarina é o quarto produtor nacional. O Estado gera 3,059 bilhões de litros ao ano. Praticamente todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 75% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 9 milhões de litros/dia, mas a capacidade industrial está estruturada para processar até 10 milhões de litros de leite/dia.
O leite entregue em julho para processamento industrial a ser pago em agosto pelos laticínios terá aumento de 6 a 8 centavos/litro. Os valores projetados são os seguintes: leite acima do padrão R$ 1,7432/litro; leite padrão R$ 1,4172/litro e abaixo do padrão R$ 1,3122/litro. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso.
O mercado catarinense está pagando aos produtores rurais, como de praxe, acima dos valores de referência. O consumidor está sentindo os efeitos dessa nova situação nas gôndolas, pois o preço final também subiu no varejo.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) explicou que, com a redução da oferta, muitas indústrias lácteas de outros Estados estão comprando o leite catarinense, aquecendo o chamado “mercado spot”. Essa situação força os laticínios do Estado a elevar o preço para garantir o estoque de leite bruto para processamento evitar recuar na participação de mercado.
O presidente em exercício do Conseleite/SC José Carlos Araújo considera que a atual situação de alta nos preços do leite ainda é um dos reflexos negativos da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio, quando os produtores não conseguiam retirar o leite dos estabelecimentos rurais e as indústrias não conseguiam receber leite para processamento: mais de 50 milhões de litros foram jogados foram.
“De um lado os produtores diminuíram a produção uma vez que durante o período da greve não receberam insumos para alimentação dos bovinos e, consequentemente, a produção foi reduzida. De outro, o leite não chegou até as indústrias e o reflexo foi sentido lá na ponta pelo consumidor final que passou a ter um produto mais caro”, esclarece. A expectativa do Conseleite/SC, segundo Araújo, é de que essa situação permaneça igual até o mês de setembro, quando a produção deve ser normalizada.
O presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo observa que as incertezas do mercado serão reduzidas quando a região ingressar no mercado internacional. “O Sul tem condições de exportar, principalmente pela qualidade do rebanho e por abrigar grandes indústrias. Temos que fazer a nossa parte com uma produção de qualidade e alto nível que permita a exportação de produtos lácteos para inúmeros países”, asseverou.
ATUALIZAÇÃO
Santa Catarina é o quarto produtor nacional. O Estado gera 3,059 bilhões de litros ao ano. Praticamente todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 75% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 9 milhões de litros/dia, mas a capacidade industrial está estruturada para processar até 10 milhões de litros de leite/dia.
Fonte: MB Comunicação