Cidade registrou índice de 0,64%, o segundo maior do ano; poderia ter ficado ainda pior
Pela primeira vez no ano, o litro de leite registrou queda de 2,11% nos preços em Ribeirão Preto, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) de outubro, medido pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão (Acirp).
Após sete meses seguidos na lista dos vilões da inflação na cidade, em outubro o leite ficou em primeiro lugar entre os mocinhos, que mais influenciaram para que o índice não fosse maior.
Já o alerta é que a inflação voltou a incomodar o orçamento dos consumidores da cidade. O índice de aumentos de preços no mercado local foi o segundo maior do ano em outubro, de 0,64%.
Porém, com uma tendência de queda nos índices do leite e pico de safras de alguns alimentos, a previsão é de estabilidade de preços para os dois últimos meses do ano.
“Se o aumento da gasolina não for repassado pelo governo até o fim do ano, não deveremos ter altas generalizadas no mercado”, diz o economista da Acirp, Fred Guimarães, responsável pela pesquisa.
Leite
E a principal contribuição para essa estabilidade virá do leite, diz Guimarães. Ele explica que, com o período de safra no campo, há maior produção e os preços vão continuar em queda ou estáveis até fevereiro de 2014.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (ESALQ/USP), que acompanha o mercado do leite no campo e na indústria de laticínios, o mês passado teve maior disponibilidade do produto no Estado de São Paulo, por conta de avanço na produção.
Para os pesquisadores do centro, também há a tendência de estabilidade para os próximos quatro meses.
Alimentos
Foi por conta de pouca disponibilidade no campo que as carnes bovinas, o frango e algumas frutas contribuíram para aumento da inflação no mês passado.
“Os problemas climáticos desta época do ano tradicionalmente pressionam o índice de outubro, que também é influenciado por uma alta de consumo, por conta do final do ano”, diz o economista da Acirp.
Dívidas devem ser evitadas no começo do ano
O índice de inflação mais elevado no mês passado acende um alerta para os consumidores. Segundo o economista Fred Guimarães, a preocupação é com 2014.
“Com em janeiro há uma tendência de altas por conta de safra, estaremos em ano de eleição e teremos o pagamento de IPTU, pode haver uma movimentação de inflação”, diz.
Segundo ele, para não correr risco de aperto no orçamento no primeiro trimestre de 2014, o ideal é que os consumidores não comecem o ano com dívidas ou parcelamentos por causa das compras do final do ano.
“Para evitar que a inflação prejudique mais, é bom que as compras deste fim de ano sejam feitas à vista e o crédito na praça poupado.”
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