Em agosto, o preço de referíªncia médio recebido pelos produtores de leite do Uruguai foi de US$ 0,35 por litro, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Leite do país (Inale). Trata-se do menor valor desde dezembro de 2010.
Boa parte da queda no preço recebido pelos produtores uruguaios é explicada pelo crescimento da produção de leite no país, combinada com uma baixa nos valores internacionais.
Nos primeiros oito meses de 2012, a oferta de leite foi de 1,233 bilhão de litros, 12,8% a mais que no mesmo período de 2011, segundo dados do Inale. Entretanto, o preço médio de exportação do leite em pó integral foi em julho de US$ 3.609/tonelada FOB, 8% a menos que no mesmo míªs de 2011.
No entanto, o preço de referíªncia do leite recebido pelos produtores de Santa Fé, uma das principais províncias leiteiras da Argentina, foi em agosto de US$ 0,24 por litro. Nos primeiros sete meses de 2012, a captação de leite nas principais indústrias de lácteos da Argentina foi de 4,275 bilhões de litros, 7,4% a mais que no mesmo período de 2011, segundo dados da Subsecretaria do setor leiteiro do país.
O principal fator que explica a perda de competitividade do setor leiteiro argentino é o crescimento progressivo dos custos de produção, combinado com uma desvalorização abrupta do valor da moeda local.
Na Argentina, a maior parte da oferta de leite é consumida no mercado interno. No Uruguai, por sua vez, acontece uma situação inversa e o principal processador e exportador de lácteos é uma cooperativa administrada pelos produtores, a Conaprole.
A reportagem é do www.valorsoja.com