Um dos maiores produtores de leite do Brasil, com 2,4 bilhões de litros industrializados em 2011, o Paraná amplia suas apostas no mercado genético, que movimenta perto de R$ 25 milhões ao ano. Com cerca de 15% do comércio de síªmen do país, o estado vem aumentando o uso de inseminação artificial em taxas acima de 30% ao ano, enquanto o ritmo do crescimento nacional é estimado em 20%, mostram dados do setor.
Lino Rodrigues Filho, presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), destaca que a cadeia leiteira no estado é uma referíªncia nacional, sobretudo na região dos Campos Gerais. «Há locais no Paraná onde 100% das matrizes são inseminadas, porcentual registrado em países desenvolvidos.» Segundo ele, mais de 90% do material genético ainda são importados.
Altair Antonio Vanotto, superintendente da Asso¬¬¬ciação Paranaense de Cria¬¬¬dores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH), explica que a maior parte do material genético importado é oriunda de países como Canadá, Estados Unidos e Holanda. Ele também cita o bom desempenho da produção paranaense, sobretudo na raça holandesa. «A genética das vacas é boa, fazendo com que se atinja uma produção média de 8,2 mil litros durante a lactação. No Brasil, a média é de aproximadamente 1,3 mil litros», relata.
A í¢mbito nacional, a venda total de doses de síªmen bovino dobrou nos últimos cinco anos e tende a chegar a 20 milhões em 2015, conforme a Asbia. Em 2011, foram comercializadas 4,8 milhões de doses para a cadeia do leite. Desse total, perto de 600 mil foram usadas no Paraná.
Fonte: Agenda