Nova Zelândia se volta para o Brasil e agronegócio é o principal chamariz

"Para uma empresa ser global, é preciso estar no Brasil", afirma o cônsul geral da Nova Zelândia em São Paulo, Ralph Hays. Em tempos mais que bicudos na economia brasileira, a afirmação - que pode parecer batida - é um alento, pois revela que o interesse pelo país persiste entre os que focam o médio e longo prazos.
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«Para uma empresa ser global, é preciso estar no Brasil», afirma o cônsul geral da Nova Zelândia em São Paulo, Ralph Hays. Em tempos mais que bicudos na economia brasileira, a afirmação – que pode parecer batida – é um alento, pois revela que o interesse pelo país persiste entre os que focam o médio e longo prazos.

Hays é também comissário de comércio no Brasil para a New Zealand Trade and Enterprise (NZTE), agência do governo neozelandês criada em 1993 como parte do esforço do país da Oceania de ampliar a presença de seus produtos no exterior. A NZTE tem em seu board tanto membros do governo quanto agentes privados e está no Brasil desde 1996. Tem, ao todo, 46 escritórios espalhados pelo mundo. Hoje, segundo Hays, 20% do PIB da Nova Zelândia é resultante da exportação, e o plano é que essa fatia chegue a 40% até 2025, conforme o Business Growth Agenda, um conjunto de metas de crescimento definido em 2012 pelo país.

É fácil entender o desejo da Nova Zelândia de buscar a internacionalização de suas empresas. O país tem apenas 4,5 milhões de habitantes, 10% da população do Estado de São Paulo. Essa população pequena limita o avanço das empresas neozelandesas em seu mercado doméstico, por isso a procura pela internacionalização.

No Brasil, o maior interesse da NZTE é o agronegócio, um setor que segue crescendo a despeito das dificuldades na economia. O agronegócio, aliás, é também fundamental na Nova Zelândia. Com um rebanho de 6,4 milhões de vacas leiteiras, o país é o maior exportador mundial de produtos lácteos. Também se destaca na produção de ovinos, com um rebanho de 29,5 milhões de animais. Tem ainda 3,7 milhões de cabeças de bovinos de corte. Além disso, produz kiwis e os exporta para diversos países.

O interesse da NZTE é tanto estimular a exportação direta de produtos de empresas da Nova Zelândia para o Brasil quanto o estabelecimento de negócios no mercado brasileiro. O trabalho da agência, explica Nádia Alcântara, gerente de desenvolvimento de negócios em agribusiness da NZTE, é apoiar as empresas de pequeno e médio portes da Nova Zelândia que querem entrar em outros mercados.

Num primeiro momento, a NZTE faz um diagnóstico para saber se empresa está pronta para a internacionalização, por meio de informações como governança, estratégia e disponibilidade de recursos. Depois, define-se o mercado foco. A agência também dá suporte com informações, por exemplo, sobre legislação do país, regulamentações e mercado.

Hoje, no portfólio de companhias neozelandesas interessadas no Brasil há as de áreas como tecnologia para produção no campo, genética animal e de pastagem e manejo de fazendas (identificação eletrônica de animais e sistemas de ordenha, por exemplo). Há ainda empresas do segmento de equipamentos para processamento de alimentos (automação de linhas de abate e de refrigeração), além de empresas especializadas em manejo ambiental e gestão de efluentes.

Fonte: Valor Econômico.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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