#MG: importações afetam produção de lácteos

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A produção de leite em Minas Gerais ao longo deste ano deverá alcançar cerca de 8,5 bilhões de litros, mantendo-se entre a estabilidade e um pequeno crescimento quando comparada com o volume do ano passado. A perspectiva, pessimista, vem interromper a seqí¼íªncia de crescimento, em média de 5%, observado nos últimos anos no Estado. O aumento das importações de produtos lácteos, principalmente os provenientes da Argentina e do Uruguai, vem freando a produção mineira.

De acordo com o diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Laticí­nios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Celso Moreira, o volume de produtos lácteos que chega ao mercado brasileiro, a preços mais competitivos que os fabricados no Brasil, tem comprometido a rentabilidade da indústria mineira, pondo em risco futuros investimento no setor.

Em 2011, as importações de produtos lácteos cresceram 72% em valor frente a 2010. Somente nos primeiros cinco meses deste ano o crescimento observado foi de 26,8% sobre o movimentado em igual intervalo do ano anterior.

Nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil importou um volume médio de 3,8 mil toneladas por míªs do Uruguai. Essa quantidade, acrescida das importações chilenas e argentinas, chega a um volume médio de 8,5 mil toneladas por míªs.

O momento pelo qual a indústria de lácteos do Estado passa é considerado delicado, já que nos últimos anos as empresas instaladas aqui investiram amplamente nas plantas fabris, que foram ampliadas e modernizadas. Com a concorríªncia predatória, os investimentos futuros poderão ser prejudicados.

«As indústrias frearam o ritmo e hoje só estão investindo na manutenção das unidades. Até o momento não temos perspectivas de instalação de novas empresas nem de grandes intervenções», ressalta.

Segundo informações do Silemg, atualmente as empresas instaladas em Minas Gerais trabalham com í­ndice de ociosidade próximo a 15%.

«Para que o crescimento da produção seja retomado, é preciso que o governo interfira e crie polí­ticas públicas que protejam o mercado interno. Não é preciso suspender as importações, mas sim estabelecer cotas. A intervenção já foi prometida pelo governo, mas até o momento nenhuma medida foi tomada», afirma.

Outro problema enfrentado pela indústria láctea é o aumento dos preços pagos ao produtor. Segundo Moreira, entre dezembro de 2011 e maio de 2012 o preço do litro de leite ficou superior í  média esperada para o perí­odo de safra. Apesar de pagar mais pela matéria-prima, com o maior volume de leite importado no mercado não foi possí­vel repassar os custos para o consumidor final, o que reduziu a lucratividade das indústrias.

A matéria é de Michelle Valverde, para o Diário do Comércio

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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