Leite: Mato Grosso excluído

Mais uma vez o governo federal deliberadamente exclui Mato Grosso de programas que contemplam outros estados, como agora acontece em relação à cadeia produtiva do leite em Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.
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Mais uma vez o governo federal deliberadamente exclui Mato Grosso de programas que contemplam outros estados, como agora acontece em relação à cadeia produtiva do leite em Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Quem assume as rédeas nesse caso é a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que juntamente com parceiros elabora um pré-projeto para fortalecer regionalmente a pecuária leiteira. A isso se dá o nome de quebra do pacto federativo.

Leite é item imprescindível da política nacional de segurança alimentar no Brasil, que mesmo produzindo anualmente 34,4 bilhões de litros é apenas o quinto país no ranking mundial do setor. Nessa situação, qualquer ação setorizada de governo torna-se excludente. É esse cenário que Mato Grosso enfrenta juntamente com o Nordeste árido, o Norte, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal.

A produção de leite mato-grossense gira em torno de 707,1 milhões de litros anuais e o estado é o décimo no ranking nacional. Os pecuaristas locais que respondem pelo setor enfrentam mais problemas que seus colegas da área que será contemplada por Kátia Abreu. Aqui, além de serem poucos os laticínios, a logística de transporte é perversa, a começar pela distância média do curral à plataforma de recebimento do produto. Mesmo assim, essa atividade é universalizada em todas as faixas da pecuária, mas a predominância da ordenha é do pecuarista que produz até 50 litros diariamente.

Kátia Abreu à frente do Ministério da Agricultura quer que nos cinco estados selecionados o governo crie medidas para erradicar a brucelose e a tuberculose no rebanho leiteiro; crie um fundo indenizatório para eventuais abates decorrentes da tuberculose; fomente a melhoria genética do rebanho por meio de inseminação artificial e fertilização in vitro; dê assistência técnica permanente às propriedades rurais; monte laboratórios de análise da qualidade do leite; crie linhas de crédito para custeio e investimento; e estabeleça marco regulatório para o setor naquela área.

O Diário respeita o direito dos cinco estados serem contemplados e entende como justa a meta da ministra Kátia Abreu, mas a condiciona à sua universalização, pois os problemas da cadeia produtiva do leite são comuns a todos os estados.

A União tem que rever sua relação federativa com Mato Grosso e a bancada federal mato-grossense não pode se calar diante desse fato, que se revertido será benéfico à economia e, principalmente, reforçará a segurança alimentar da nossa população, com maior oferta de leite e lácteos. O governador Pedro Taques também precisa reagir contra mais esse alijamento de seu estado. As lideranças ruralistas não poderão participar do questionamento, porque sua entidade representativa, a Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), por meio do principal órgão de seu sistema sindical, o Senar Nacional, é parceira do Ministério da Agricultura neste caso.

Os problemas da cadeia produtiva do leite são comuns a todos os estados
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=467318

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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