#Cadeia láctea em Goiás é diferenciada

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Goiás produz oito milhões de litros de leite por dia, mas consome apenas 20% deste total. Restante é exportado para outros Estados e alguns paí­ses em forma de leite em pó, longa vida ou produtos sólidos, como queijos

A cadeia láctea no Estado de Goiás vem se fortalecendo a cada ano. Os quatro elos principais – produtores, transportadores, indústrias e comércio varejista – trabalham de forma harmí´nica com um só objetivo: situarem-se, em breve, entre os mais modernos do mundo nesse seguimento.

O grande salto desta cadeia começou em 1996, quando os produtores, indústrias e governo começaram a trabalhar intensamente, melhorando o rebanho leiteiro e nosso parque industrial, hoje considerado um dos mais modernos do mundo em termos de tecnologia, com capacidade de processamento de l5 milhões de litros por dia.

Goiás, naquele ano (l996), era o sexto maior produtor nacional. Em 5 anos, subiu para segundo, e hoje está com sua posição fixada em quarto lugar. O Estado, hoje com uma média diária de 8 milhões de litros, caiu para quarto porque seus concorrentes passaram a produzir mais. O ranking hoje está assim: Minas Gerais em primeiro, com os imbatí­veis 29 milhões de litros/dia, seguido de Rio Grande do Sul, Paraná, e Goiás em quarto lugar.

Para sair desta incí´moda situação, Goiás tem tomado providíªncias. Na parte governamental, o governo goiano concedeu um crédito outorgado para as indústrias da seguinte forma: de um total de 12% de imposto a ser retido, o governo concedeu 7% para todos os produtos lácteos, com exceção do leite de caixinha, que teve um crédito de 9%.

Para melhorar a performance da produção, o Sindicato das Indústrias de Laticí­nios no Estado de Goiás (Sindileite) reuniu vários seguimentos no ano passado e definiu prioridades, sendo as duas principais: assistíªncia técnica contí­nua para o produtor e melhoramento genético do rebanho, cujo projeto será anunciado em breve pela entidade.

Maior

empregadora

A cadeia láctea goiana é a maior empregadora hoje no Estado, com 220 mil empregos diretos e indiretos. São 60 mil produtores rurais, cerca de 300 empresas de laticí­nios, algumas multinacionais, outras nacionais e as genuinamente goianas. Toda a cadeia láctea hoje responde por cerca de  11% do PIB goiano.

Apesar de se situar geograficamente longe dos grandes centros consumidores do Paí­s, esta cadeia é altamente competitiva, seja na logí­stica, na qualidade ou na eficiíªncia de sua produção, inclusive competindo com Estados que são beneficiados com 0% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e com incentivos para adquirirem equipamentos industriais e frotas de veí­culos.

Os Estados com ICMS zero em princí­pio tíªm maior poder de competição, e Goiás, embora recolha de 5% a 3% (3% para o leite de caixinha) desse tributo, está no páreo em busca de novos mercados, tendo como item favorável a eficiíªncia de gestão em toda a cadeia, vendendo o seu excedente no Brasil e no exterior.

Parcerias

Um dos fatores que tíªm impulsionado muito a cadeia láctea em Goiás é a parceria entre governo, indústria e produtores. O governo tem facilitado o trabalho das indústrias, que estão investindo hoje em marketing de incentivo ao consumo de leite e derivados.

Em Goiás, uma campanha foi lançada em fevereiro de 2006, e em apenas 8 meses, aumentou em 17% o consumo. Por força desta campanha, o Estado reduziu também em 42% o consumo de leite sem inspeção sanitária (não pasteurizado), produto este que oferece altos riscos í  saúde humana.

Esta redução de consumo de produto não inspecionado significa mais leite colocado í  disposição do consumidor com mais qualidade, reduzindo gastos do governo em saúde pública. Já o aumento no consumo de leite inspecionado reflete também no maior volume de arrecadação para o Estado.

Assistíªncia

Técnica

Um item – além do melhoramento genético – que vem sendo olhado com grande interesse, segundo o presidente do Sindileite, Joaquim Guilherme Barbosa de Souza, é o projeto que visa levar assistíªncia técnica contí­nua ao campo. Esta iniciativa, segundo ele, vai oferecer condições para que o produtor rural tenha eficiíªncia, melhor gestão da propriedade, baixos custos e qualidade. Enfim, que ele saiba realmente gerenciar o seu empreendimento.

Este projeto encabeçado pelo Sindileite envolve industrias de laticí­nios, órgãos governamentais, universidades, entidades de classe, empresas privadas e outros seguimentos que estão elaborando um grande plano de ação no Estado no sentido de levarem ao produtor assistíªncia técnica eficaz e permanente já a partir de 2013.

Grande parte dos produtores goianos hoje já produz leite com eficiíªncia e melhor qualidade. Mas é preciso aumentar este leque, e a assistíªncia técnica será uma das ferramentas. Isto porque, no momento, o Estado produz 8 milhões de litros de leite/dia. Deste total, 75% são produzidos por apenas 25% dos produtores. Os outros 75% são responsáveis por apenas 25% do restante da produção. í‰ preciso dar condições para que esta maioria absoluta de produtores tenha condição de aumentar sua lucratividade.

Contexto

Nacional

O Estado de Goiás, que produz hoje 8 milhões de litros de leite/dia, consome apenas 20% deste total. O restante é exportado para outros Estados e alguns paí­ses em forma de leite em pó, longa vida ou produtos sólidos, como queijos, manteiga e iogurtes. As industrias tíªm trabalhado de forma incansável, motivando os demais elos da cadeia láctea no sentido de que a produção, a qualidade e o consumo interno aumentem a cada ano.

Goiás hoje virou referíªncia nacional pelo trabalho que vem realizando para fortalecer sua cadeia láctea. O aumento do consumo e as exportações devem ser olhados com total interesse, pois a produção de leite no Brasil cresce anualmente de forma acentuada, ao passo que o consumo não atinge os mesmos ní­veis, segundo a Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora – MG.

Caso o setor caminhe com esse desní­vel, em breve teremos um grande excedente de leite no Paí­s, o que poderá prejudicar toda a cadeia. A saí­da é uma só: aumentar o consumo interno e buscar novos mercados, com alto poder de competitividade.
http://arquivo.dm.com.br/texto/gz/73408

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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