#Agricultura familiar é a mais afetada pelas mudanças do clima, aponta Embrapa

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Os agricultores familiares são os produtores agrí­colas mais intensamente afetados pelas mudanças do clima, como a alteração do ciclo das chuvas e o aumento das temperaturas causado pelo efeito estufa, informou o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eduardo Assad, um dos palestrantes do seminário Caminhos para uma Agricultura Familiar sob Bases Ecológicas: Produzindo com Baixa Emissão de Carbono, que ocorre quinta (13) e sexta (14), na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O evento vai discutir as formas de produção agrí­cola familiar de forma sustentável nos diversos biomas brasileiros.

Sobre os efeitos do clima na produção agrí­cola, o pesquisador da Embrapa, Eduardo Assad, explicou que a chuva é um dos fatores mais importantes. No caso do Brasil, a quantidade total de chuvas não tem tido alterações, mas a intensidade das precipitações, sim. Isso resulta no aumento da erosão, na perda de fertilizantes e em inundações de áreas produtivas – como em áreas ribeirinhas, ocupadas, principalmente, por pequenos produtores.

Assad também explicou que, em relação ao aumento das temperaturas, deverá haver uma mudança na geografia das produções agrí­colas no Brasil, com o deslocamento de algumas plantações para o sul, onde o clima é mais ameno. No caso dos agricultores familiares, esse deslocamento ocorre em menor escala, pois a maioria das famí­lias está fixada em local determinado. Para elas, portanto, o prejuí­zo é mais intenso – também por ser, em muitos casos, a única fonte de subsistíªncia.

Os exemplos de prejuí­zos são as produções de laranja e do café. Picos de temperatura, tanto para o quente quanto para o frio, alteram a floração da lavoura – o que faz com que as frutas e os grãos percam qualidade.

De acordo com o pesquisador da Embrapa, em 2010, só o estado de São Paulo perdeu 250 mil hectares de café por causa das alterações de temperaturas. Atualmente, muitas plantações no estado foram substituí­das por seringueiras, o que fez com que São Paulo tenha ultrapassado o Acre, como o maior produtor de borracha no paí­s.

Para tentar minimizar os impactos do clima sobre a produção agrí­cola familiar, Assad citou o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que propõe ações que minimizem as emissões de gases causadores do efeito estufa. Essas medidas tíªm o objetivo de evitar e, sobretudo, não intensificar os problemas já existentes, decorrentes das mudanças climáticas. O programa tem vigíªncia de 2010 a 2020 e oferece linhas de crédito.

Para o pesquisador, o programa parte da adoção de sistemas agrí­colas (aplicação de técnicas e tecnologias), que podem ser conduzidos tanto por agricultores empresariais quanto por familiares – variando a escala das iniciativas. Segundo ele, no caso da agricultura familiar, é importante a participação de atores estratégicos, no sentido de conscientizar as famí­lias para a adoção desses sistemas. Entre esses atores estão cooperativas (só de grão, carnes e leite são mais de 900 no Brasil), produtores de sementes (mais de 700 entrepostos), postos de Assistíªncia Técnica e Extensão Rural (Aters) e universidades com cursos de ciíªncias agrárias (atualmente, há mais de 400, considerando zootecnia e medicina veterinária).
http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=296681&codDep=6

 

 

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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