Paixão por pizza na China tem impulsionado venda de #queijos da Fonterra

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Embora a economia da China esteja desacelerando, seu gosto por pizza tem aumentado. Seja onde for, não é possível fazer pizza sem queijo mussarela. Essa é uma boa notícia para a Fonterra Cooperative Group Ltd., maior exportadora de lácteos do mundo e maior fornecedora de queijos da China.

 

A companhia com sede em Auckland, na Nova Zelândia, planeja aumentar sua produção de queijo mussarela para 50.000 toneladas por ano até setembro de 2015, suficiente para cobrir cerca de 350 milhões de pizzas. A cooperativa prevê que a demanda por queijos na China aumentará cerca de 20% nesse ano e no próximo.

 

A Yum! Brands Inc., operadora de cadeias de restaurantes incluindo Pizza Hut, estima que a classe de consumo da China dobrará para 600 milhões de pessoas até 2020, direcionando a demanda por fast food. A Fonterra, que também fornece para a Domino’s Pizza Inc., está aumentando a produção de mussarela em suas duas plantas da Nova Zelândia e visa mais que dobrar o número de seus escritórios e operações na China para 50 locais para suprir a demanda por lácteos.

 

“Particularmente na Ásia, eles gostam de esticar a mussarela e, duas vezes por noite no Pizza Hut ou na Domino’s, ou em outra pizzaria, eles farão concursos de estiramento”, disse o diretor da divisão de foodservice da Fonterra com sede em Melbourne, Rene Dedoncker. “O apetite do consumidor na China por dietas ocidentais e por pizza, que é vista como icônica”, deverá continuar crescendo, disse ele.

 

A China está consumindo mais proteínas e lácteos à medida que as mudanças nos gostos estão aceleradas por uma mudança da população para as cidades. Os habitantes urbanos gastam duas vezes e meia mais com alimentos comparado com aqueles do campo, disse o HSBC Holdings Plc. Isso está impulsionando o crescimento no mercado global de pizzas, que tem um valor de cerca de US$ 125 bilhões por ano no final de 2012, de acordo com o Euromonitor International Plc.

 

A Fonterra, que teve 13% de sua receita na China no ano fiscal de 2013, de acordo com dados compilados pelo Bloomberg, investiu NZ$ 72 milhões (US$ 61,95 milhões) para aumentar a produção de mussarela em sua planta Clandeboye, na Nova Zelândia. Novas tecnologias permitirão que a companhia corte para um dia de dois meses o tempo necessário para fazer o queijo, disse Dedoncker.

 

“O crescimento do fast food e de alimentos processados na Ásia está levando à maior demanda por queijos processados e mussarela”, disse o analista do Canaccord Genuity Group Inc., de Melbourne, Mark Topy. “Deverão haver algumas oportunidades nesse espaço para as companhias que podem fornecer oferta de longo prazo de mussarela”.

 

A Yum!, de Louisville, Kentucky, que abriu sua primeira rede de pizzarias na China em 1990, adicionará pelo menos 700 novas lojas no país nesse ano e aumentará o número de Pizza Huts para 1.100. A Papa John’s International Inc. também compete na China, com cerca de 202 lojas.

 

O mercado de pizza da China teve um valor de cerca de US$ 2 bilhões em 2012, ou 1,6% do mercado global, um aumento com relação a 2007, quando tinha o valor de cerca de US$ 822 milhões de um mercado mundial de US$ 111,2 bilhões, de acordo com dados compilados pelo Euromonitor International. A Yum! elevou mais da metade de suas vendas na China nos 12 meses até 28 de dezembro, de acordo com dados do Bloomberg.

 

A Fonterra enfrenta competição global com a Leprino Foods Co. e com a Saputo Inc., maior processadora de leite do Canadá. A Saputo pode considerar comprar de ativos para aumentar sua produção de mussarela, disse seu diretor executivo, Lino Saputo Jr.

 

“A maioria de nosso crescimento nos próximos cinco anos é na China”, disse Dedoncker em uma entrevista em 4 de abril. “Eu diria que há 80% de chances de que, quando se come pizza aqui, o queijo seja da Fonterra”.

 

A reportagem é do Bloomberg, traduzida e adaptada pela equipe MilkPoint Brasil.

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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