No caso do leite em pó desnatado, a alta foi mais modesta, de 2,27% , para US$ 1.802 por tonelada. Na média geral (considerando outros lácteos), os preços subiram 1,4% no leilão de ontem (01), para US$ 2.253 por tonelada, conforme dados divulgados pela plataforma.
Os preços do leite em pó vinham caindo nos últimos leilões, mas a notícia de que a China, maior importadora mundial de lácteos, importou 153 mil toneladas de leite em pó integral e desnatado em janeiro passado, sustentou os preços no leilão, avalia Valter Galan, analista da consultoria especializada em lácteos MilkPoint. Ele considera, porém, que a influência do dado sobre a importação sobre os preços foi pequena, dado que os volumes comprados pela China foram muito grandes.
O volume de lácteos importado pelo país asiático em janeiro foi 4,4 vezes maior que o comprado pelo país em dezembro de 2015 e 49% superior ao do mesmo mês de 2015, conforme dados da consultoria italiana CLAL, especializada em mercado de lácteos, compilados pelo MilkPoint.
Mais uma vez, segundo Galan, não é possível dizer que a alta do leilão seja uma tendência. Ele pondera que é necessário ver se as importações de lácteos da China em fevereiro manterão o ritmo forte. Se não mantiverem, seria um sinal de que as importações de janeiro podem ter sido “oportunistas”.
Isto é, os chineses teriam importado mais em janeiro para aproveitar o período do ano em que vigora uma tarifa preferencial de importação, de 2,5%, nas compras de lácteos da Nova Zelândia. Normalmente, a tarifa é de 10%. Outra razão seria aproveitar os baixos preços do produto no mercado internacional para recompor os estoques.
Para Galan, a alta menos expressiva do leite em pó desnatado no leilão pode ser explicada pelos elevados estoques do produto tanto nos EUA quanto na União Europeia.
Fonte: Valor Econômico.