Governo assina certificado que permite venda de lácteos à China

Ministério da Agricultura assinou acordo sanitário que torna mais próxima a retomada dos embarques brasileiros ao país asiático
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Ministério da Agricultura assinou acordo sanitário que torna mais próxima a retomada dos embarques brasileiros ao país asiático

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, anunciou hoje que o país já assinou o acordo sanitário que torna mais próxima a retomada das exportações brasileiras de lácteos para a China. Como já informou o Valor, o Brasil exportou volumes pontuais de lácteos para o mercado chinês entre 2000 e 2007, mas o fluxo foi
suspenso justamente quando expirou o certificado que acaba de ser renovado.

O governo calcula que há potencial para que as vendas aos chineses alcancem US$ 45 milhões por ano. Mas a secretária de Relações Internacionais do ministério, Tatiana Palermo, ponderou que Pequim ainda tem de habilitar laticínios brasileiros para que o comércio seja efetivamente restabelecido — e ainda não há data para isso.

Em 2014, a China importou, no total, 1,8 milhão de toneladas de produtos lácteos, das quais 1,5 milhão de
toneladas de queijo, 598 mil de manteiga e 514 mil de leite em pó. As compras somaram US$ 6,4 bilhões. Tatiana também afirmou que, para as exportações de lácteos, o ministério continua a apostar na Rússia. Moscou já autorizou neste ano importações desde 26 estabelecimentos brasileiros, entre eles 13 que fabricam leite em pó e outros 13 focados em queijo e manteiga. Juntas, essas plantas têm potencial para exportar US$ 22 milhões por ano.

O serviço sanitário russo também autorizou na sexta-­feira passada que mais 11 frigoríficos brasileiros de carne bovina, suína e de frango possam exportar para aquele país. Cinco dessas unidades foram habilitadas pelo modelo de prelisting, uma permissão prévia de plantas do país exportador interessado, que agiliza o processo.

Com relação a outros mercados para os quais o Brasil vem tentando se credenciar para vender carne, ainda há entraves que podem adiar o desfecho pretendido, observou a própria ministra.

Kátia Abreu explicou, por exemplo, que 13 frigoríficos de carne bovina já foram vistoriados pelos chineses, mas que o Ministério da Agricultura brasileiro está na fase de resposta dos questionários apresentados por técnicos do país asiático. A intenção de Brasília é que, uma vez que esses estabelecimentos sejam habilitados, mais 11 também recebam o sinal verde automaticamente, totalizando 24.

No primeiro semestre, a China enfim oficializou a retirada do embargo que empunha à carne bovina brasileira desde 2012 — no entanto, esses detalhes burocráticos ainda travam esse comércio efetivo.

Quanto à Arábia Saudita, que ainda não cancelou o embargo à carne bovina produzida no Brasil, o Ministério da Agricultura ainda precisa assinar o respectivo certificado sanitário. O potencial dessas exportações chega a US$ 73,9 milhões por ano, de acordo com o ministério.

Quando o assunto é abertura do mercado americano para a carne bovina brasileira, a ministra respondeu que ainda espera a definição da vinda de uma missão de técnicos dos EUA para visitar os laboratórios para testes de doenças bovinas no Brasil. “Não acredito que haja problemas de lobby com Estados americanos, depois que os presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff se comprometeram com essa questão”.

Fonte: Valor Econômico

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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