Vigor e Aurora querem desafiar liderança da Danone no Brasil

A Vigor e a Cooperativa Central Aurora Alimentos se movimentam para desafiar a liderança da Danone no mercado brasileiro de lácteos funcionais.
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Empresas reforçam apostas no mercado de alimentos funcionais

A Vigor e a Cooperativa Central Aurora Alimentos se movimentam para desafiar a liderança da Danone no mercado brasileiro de lácteos funcionais. As empresas apostam no lançamento e na promoção de produtos que possam rivalizar com a marca Activia, da multinacional, de modo a captar consumidores cuja preocupação vai além das propriedades nutricionais natural dos laticínios.

O presidente da Vigor, Gilberto Xandó, tem revelado que os funcionais são uma importante aposta da empresa para prosseguir em sua estratégia de aumentar seu portfólio de produtos com maior valor agregado, com o objetivo de ampliar suas margens de rentabilidade. A companhia recentemente reformulou seu mix de produtos e embalagens e pretende continuar investindo em comunicação para sedimentar a sua marca Lactive.

«Continuamos ativando este mercado e estamos com produtos muito novos à venda. Trata-se de uma categoria muito importante para nós e, com o mercado andando no ritmo atual, faz sentido voltar a crescer com ela», afirmou ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Xandó evita citar o montante que a Vigor planeja empreender na iniciativa, mas promete um «investimento bastante intenso» na categoria.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite que as companhias lancem alimentos com alegações funcionais que destaquem seu papel fisiológico no crescimento e desenvolvimento do organismo humano e que colaborem para o bem-estar e para a redução do risco de contrair doenças. A regulação veda, contudo, os produtos de indicarem seu potencial de cura ou prevenção de enfermidades. Com base nestes critérios, o mercado de lácteos funcionais no Brasil evoluiu na última década, liderada sobretudo pelas categorias de iogurtes, leite fluido e leite em pó. Nessa linha, os produtos à venda destacam a inserção de probióticos que ajudam a regular o organismo. O segmento também anda lado a lado com o de alimentos enriquecidos, que apresentam maior teor de elementos como cálcio, fibras e vitaminas. Outra importante categoria é a de produtos com baixo teor ou sem lactose.

No mês passado, a Aurora lançou o sabor morango em sua linha Bio Equilíbrio, de olho nas vendas de funcionais no próximo verão. O produto apresenta a adição de fibras e se destina a um público amplo, que opta por produtos que colaborem com o equilíbrio da flora intestinal. «O público-alvo é variado, sem limitação de idade. É para consumidores que busquem funcionalidade, bem-estar e têm uma digestão mais lenta», explica Ricardo Marques, gerente de Marketing da Aurora. «Mas não é um remédio, é uma bebida acrescida, que gera funcionalidade», esclarece.

O preço é menor que o de concorrentes, algo estrategicamente pensado para capturar consumidores em mercados em que a Aurora tem mais força, como é o caso de São Paulo e Santa Catarina. Cabe a ressalva de que esta não é a primeira incursão da cooperativa no segmento, mas o projeto lança luz à aposta da Aurora neste mercado.

Tais investimentos se baseiam na expectativa de que o consumo de lácteos funcionais ainda tem espaço para avançar no Brasil, embora a crise econômica seja um desafio à vista. A turbulência macroeconômica, contudo, não tem refreado planos, pois as empresas estão de olho no longo prazo. Marques, da Aurora, cita que o novo produto da Bio Equilíbrio é um investimento que levou dois anos para atingir a maturação, por exemplo.

«Há uma penetração muito mais fácil dos funcionais em mercados como os da Europa, Estados Unidos e Japão, mas no Brasil também já há um movimento para oferecer estes produtos», nota Marques. «Aqui o consumo ainda é pequeno, mas crescente. Percebemos o consumidor muito mais aberto para os funcionais», concluiu.
http://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2015/11/vigor-e-aurora-querem-desafiar-lideranca-da-danone-no-brasil.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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