Vigilância Sanitária do Paraná proíbe venda de leite por conter formol

Exames apontaram presença da substâncias em dois lotes do leite Lactomil. Dono de laticínio acredita que adulteração ocorreu nas propriedades rurais.
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Exames apontaram presença da substâncias em dois lotes do leite Lactomil.
Dono de laticínio acredita que adulteração ocorreu nas propriedades rurais.
A distribuição e venda do leite Lactomil foram proibidas no estado pela Vigilância Sanitária Estadual do Paraná na quarta-feira (9). Após denúncias de que o leite estava com o sabor estranho, a vigilância realizou análises que indicaram a presença de formaldeído (formol) em dois lotes do produto.

O chefe da Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana, afirmou que se acredita que a quantidade não é tóxica. “A gente deduz que não é tóxica porque, nas denúncias recebidas, não houve relato de intoxicação ou hospitalização por conta do consumo deste produto”.

A análise feita pela Vigilância Sanitária é qualitativa, ou seja, indica a presença ou não da substância, sem considerar a quantidade.
A gente deduz que não é tóxica porque, nas denúncias recebidas, não houve relato de intoxicação ou hospitalização»
Pedro Santana, chefe da Vigilância Sanitária do Paraná

O Lactomil também era distribuído como parte da merenda de crianças que estudam na região oeste do Paraná.

De acordo com Santana, a Secretaria Estadual de Educação já foi informada sobre o problema. O pagamento para a empresa está suspenso até que seja comprovada a completa solução da irregularidade.

A ingestão do formol provoca, principalmente, dificuldades de respiração. A alta concentração da substância pode levar à morte. Pelo o que se conhece deste tipo de irregularidade, o formol é diluído no leite para o produto render mais.

O que diz o fabricante
O laticínio responsável pelo leite fica em Serranópolis do Iguaçu, também no oeste do estado. O proprietário, Gilvan Malacarne, admitiu a falha, mas acredita que qualquer adulteração do leite tenha sido feita ainda nas propriedades rurais que fornecem o produto.
Recebo leite de cerca de 60 produtores da região. Falhei por não ter o kit de reagentes que identifica a presença de formol»
Gilvan Malacarne, dono do laticínio

“Recebo leite de cerca de 60 produtores da região. Falhei por não ter o kit de reagentes que identifica a presença de formol. Agora é arcar com as consequências. Mas, tenho certeza que não foi aqui na fábrica que ocorreu o problema”, comentou.

Malacarne garante que, desde que a alteração foi detectada, parou de produzir o leite pasteurizado e de distribuí-lo às escolas e ao comércio.

“Desde o início do mês estávamos fazendo testes com o leite em Cascavel e nada mais foi encontrado. Os kits de reagentes estão chegando e acredito que depois disso não teremos mais nenhum problema”, completou ao adiantar que novas amostras foram colhidas na quarta (9) e enviadas para o Laboratório Central, em Curitiba. O resultado deve sair nesta quinta (10).

As análises
Inicialmente, assim que surgiram as denúncias, a Vigilância Sanitária realizou análise em dois lotes. O primeiro foi fabricado em 24/11 com validade 2-12. O segundo foi fabricado em 1/12 com prazo de validade até 9/12.

No total, foram realizadas cinco análises nos dois lotes e todas confirmaram a presença da substância. O leite da marca foi então interditado e foi determinada a inutilização do produto.
Quem encontrar o leite sendo comercializado pode denunciar à Vigilância Sanitária estadual pela Ouvidoria Geral da Saúde no telefone 0800-644-4414.

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/12/vigilancia-sanitaria-do-parana-proibe-venda-de-leite-por-conter-de-formol.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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