“Já prevíamos um aquecimento do mercado em 2018, mas, no corte, ficou acima do esperado. Como no corte as maiores vendas são registradas nos meses que antecedem a estação de monta, entre agosto e outubro, esperamos fechar o ano acima do acanhado crescimento de 0,6% registrado em 2017”, avalia o presidente da Asbia, Sérgio Saud. Segundo ele, a greve dos caminhoneiros prejudicou as vendas de sêmen no mês de maio.
Assim como as vendas, a produção cresceu nos seis primeiros meses do ano tanto no sêmen do segmento de corte quanto de gado leiteiro. No corte, foram produzidas 2.984.130 doses, alta de 21,8%. Para o segmento de leite, a produção ficou em 592.513 doses, 22,6% maior no comparativo anual.
Já as exportações de sêmen bovino das raças de corte registraram queda, provocada por problemas relacionados aos protocolos sanitários entre o Ministério da Agricultura do Brasil e os de outros países, diz a Asbia.
Foram exportadas 55.964 doses ante 88.545 do primeiro semestre de 2017, volume 36,7% menor. Em contrapartida, das raças leiteiras foram embarcadas 81.443 de doses ante 74.326 nos seis primeiros meses do ano passado, aumento de 9,57%.
“As importações foram prejudicadas por problemas burocráticos, como a falta de fiscais do Ministério da Agricultura para liberar a entrada de sêmen no País”, destaca o levantamento. No segmento de leite, foi importado 1.593.775 de doses no primeiro semestre de 2018, recuo de 3,34%. No corte, a queda foi ainda mais expressiva, de 27,7%, para 963.674 doses importadas.