# Setor pressiona governo sobre importação de lácteos

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Crise da cadeia leiteira será discutida na próxima reunião da Cí¢mara de Comércio Exterior (Camex), que congrega sete ministérios
O secretário-executivo do Mapa, José Carlos Vaz, secretário de agricultura familiar do MDA, Laudemir Mí¼ller e o coordenador de defesa comercial do MDIC, Marcos Fonseca, comprometeram-se a levar as reivindicações do setor lácteo ao próximo encontro da Cí¢mara de Comércio Exterior do governo (Camex). Na noite desta terça-feira, 29, eles participaram de audiíªncia pública com representantes da cadeia leiteira brasileira, organizada pela Subcomissão do leite (Subleite), vinculada í  Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Cí¢mara dos Deputados.

“A intenção é que o ministérios conversem entre si para que estabeleçam uma polí­tica de governo”, disse o deputado Alceu Moreira, membro da subcomissão, que demanda a definição de medidas que controlem a importação leite e derivados lácteos dos paí­ses vizinhos.

“Se nada for feito imediatamente muitos pequenos produtores deixarão de alimentar as vacas e de estimular a reprodução, depois serão necessários cerca de cinco ano para que eles recuperem a capacidade produtiva”, alerta. Segundo o parlamentar, 70% dos agricultores familiares trabalham na pecuária leiteira.

Há ainda a expectativa de que os ministros da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Indústria e Comércio se reúnam nos próximos dias com os parlamentares da Subleite e representantes do setor para afinar o teor dos pleitos.

Desde 2011, a subcomissão tem acompanhado, o avanço da importação de lácteos da Argentina, do Uruguai e, também, do Chile, neste caso com indí­cios de triangulação. Os parlamentares participaram de sete visitas a ministros e outras autoridades ministeriais para tratar do assunto. O único avanço foi a retomada de um acordo de cotas com a Argentina. “Não foram tomadas, por parte do governo, ações efetivas para conter o prejuí­zo causado aos produtores brasileiros”, diz Moreira.

Rodrigo Alvim, presidente da Cí¢mara Setorial do Leite e da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), adianta que a Argentina tem assinalado que não vai renovar o acordo com o paí­s enquanto outros paí­ses estejam importando sem controle. «O Uruguai aumentou 22% a produção no último ano sem ter aumentado o consumo. Esse leite está sendo exportado», informa.

Levantamentos do MDIC mostram que foram importadas 15,3 mil toneladas do Uruguai nos primeiros quatro meses de 2012. O volume equivale a uma média mensal de 3,8 mil toneladas de lácteos, quantidade superior ao permitido para a Argentina que são 3,6 mil /ton/míªs.

Alvim afirma ainda que as importações não representam apenas 5% da produção nacional. â€œí‰ um equí­voco comparar a importação de leite em pó com a produção leiteira do paí­s. Quando consideramos apenas o leite em pó produzido na pela indústria nacional, a participação dos lácteos sobe para 20%”, observa.

Prejuí­zos no mercado interno

Alvim afirma que a captação leiteira tem caí­do há mais de um ano. “São 17 meses consecutivos que a captação leiteira no míªs é menor que no mesmo míªs do ano anterior”, afirma. A margem de lucro da indústria também tem caí­do e o preço pago ao produtor já recuou cerca de R$ 0,08, o equivalente a 10%”, assinala.

De acordo com Gustavo Beduschi, analista de mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Brasil tem estagnado sua produção em 2010 e 2011 enquanto os demais paí­ses tíªm aumentado. «í‰ uma grande incerteza para os mais de quatro milhões de pessoas envolvidas na cadeia do leite apenas da porteira para dentro», frisa.

De acordo com a OCB, nos últimos doze meses, a produção brasileira de leite recuou 2%, contrariando a média dos últimos 20 anos, quando o crescimento anual constante foi de 5,5%.

http://www.portaldbo.com.br/novoportal/site/Conteudo/Not%C3%ADcias/3795,,Setor-pressiona-governo-sobre-importacao-de-lacteos-.aspx

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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