O preço pago ao produtor em dezembro, referente a captação em novembro, apresentou ligeira alta de 1% no mês passado, considerando a média nacional. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, R$0,960 por litro neste período, cerca de 8,5% menor que na comparação com 2015.
De acordo com o zootecnista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro, três fatores foram fundamentais para a elevação na cotação. O primeiro deles é o clima, onde a captação no sul do pais foi prejudicada pelo excesso de chuvas e a falta de precipitações no sudeste interferiu nas pastagens e na produção do leite.
Além disso, o custo de produção em alta e as margens mais apertadas no segundo semestre de 2015, também diminuíram os investimentos e gastos na atividade leiteira por parte do produtor, reduzindo, consequentemente, a produção neste período.
«Para esse início de ano ainda teremos uma oferta maior, com o pico de produção no sudeste, mas a partir de fevereiro a captação começa a recuar no centro-oeste de maneira geral», afirma Ribeiro ressaltando que a tendência de preços para os próximos meses é de estabilidade com possibilidade de alta a partir de março.
Para o pagamento de janeiro de 2016 (produção de dezembro de 2015), 76% dos laticínios pesquisados acreditam em manutenção dos preços do leite ao produtor, 17% falam em quedas e os 7% restante estimam alta para o produtor.
Na programação dos produtores, em relação aos custos, principalmente com a alimentação, Rafael considera que esse ainda é um momento bom para aquisição dos insumos, visto que a tendência para o mercado de grãos nos próximos dois meses é de alta.
«É um ano onde a estratégia na compra de insumos vai determinar a rentabilidade na atividade», ressalta o consultor. Segundo ele, na média geral, os preços do leite apresentaram uma queda de 10% em 2015, enquanto os custos subiram 15,7% no mesmo período.
Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas
