Quedas de energia elétrica prejudicam produtores rurais em Jaboticabal, SP

Empresário contabiliza prejuízo de R$ 200 mil após 12 horas sem eletricidade. CPFL Paulista diz que está realizando levantamento para apurar os casos.
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Diretor de uma fábrica que exporta produtos à base de amendoim, em Jaboticabal (SP), o empresário Sidnei Bedore diz contabilizar um prejuízo de R$ 200 mil, após a empresa ficar 12 horas sem energia elétrica na última terça-feira (8). A interrupção não foi justificada pela concessionária e, segundo Bedore, o problema é frequente há pelo menos três anos.

“Estamos em época de safra, deixamos de descarregar doze mil sacos de amendoim, produzir por hora, perdemos embarque de navios. Está ficando complicado. Não temos com quem reclamar, o pessoal diz que vai arrumar, mas não dá satisfação”, reclama.

Em nota, a CPFL Paulista informou que está realizando um levantamento para apurar o caso, mas adiantou que os principais motivos para a falta de energia são fatores externos, como quedas de árvores e galhos sobre a rede elétrica.

O produtor Toni Ângelo Chinelato afirma que nos últimos seis meses precisou descartar cerca de 4 mil litros de leite porque, com a falta recorrente de eletricidade, o produto acaba ficando sem resfriamento por algumas horas e não pode ser utilizado pela indústria de laticínios.

“De uns tempos para cá, praticamente semanalmente, está tendo um problema ou no período da manhã, ou da tarde, ou o dia todo. A gente paga uma energia cara e não tem o serviço que merecia, que é contratado. Sem energia fica inviável conduzir a nossa atividade”, diz.

A reclamação é compartilhada pelo produtor José Nelson Camilotti, que diz ter investido na compra de um gerador para manter a ordenha mecânica em funcionamento e o leite em temperatura adequada, quando a propriedade fica sem energia elétrica.

“O problema é semanal. Deu uma chuva ou vento, acaba energia. Aí é um transtorno: corre atrás de gerador, põe para funcionar a ordenha e o leite que já está ordenhado no tanque. Se demora muito para voltar, o gerador não é o suficiente e acaba estragando tudo”, reclama.
Para o produtor Adilson Roberto Martins, a queda de eletricidade é ocasionada pela falta de manutenção na rede. Ele afirma que nos últimos três meses já registrou quinze interrupções no serviço, com duração média de 10 horas cada uma, sendo a mais recente na terça-feira.

Após registrar reclamações na Fundação Procon, na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e na própria CPFL Paulista, decidiu entrar com uma ação na Justiça para cobrar da concessionária os prejuízos sofridos com a falta de eletricidade.

“O motivo é falta de manutenção na linha, falta só comprovar isso. A conta de energia é cara para todo mundo no Brasil, mas o que me preocupa é que nós estamos constantemente perdendo produção e eles não se preocupam com isso”, afirma.
Fatores externos
Em nota, a CPFL Paulista explica que entre os principais motivos para a falta de energia estão a queda de árvores sobre a rede elétrica, principalmente na área rural, a interferência de galhos ou objetos lançados pela força dos ventos, o rompimento de cabos também por rajadas de vento, além de descargas atmosféricas.

Em relação à reclamação dos produtores rurais de Jaboticabal, a concessionária informa que «está realizando um levantamento para apurar o caso.»

«A respeito de ressarcimento por danos a equipamentos elétricos causados por instabilidade no fornecimento de energia, a CPFL Paulista informa que analisará os pedidos realizados pelos consumidores, conforme determina a Resolução Normativa n. 414 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)», diz o comunicado.
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2016/03/quedas-de-energia-eletrica-prejudicam-produtores-rurais-em-jaboticabal-sp.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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