Projeto de amostras de coleta automatizada é lançado oficialmente junto ao setor leiteiro

Em janeiro, ações começam no Estado do RS, o primeiro território nacional a realizar o uso de metodologias aplicadas ao controle de qualidade do leite. Mais de 100 mil famílias serão beneficiadas, além de consumidores com a garantia de controle de qualidade do produto.
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Em janeiro, ações começam no Estado do RS, o primeiro território nacional a realizar o uso de metodologias aplicadas ao controle de qualidade do leite. Mais de 100 mil famílias serão beneficiadas, além de consumidores com a garantia de controle de qualidade do produto.

A propriedade da família de Martim Rutz, no Capão do Leão/RS, serviu de modelo para a apresentação da metodologia de coleta de amostras de leite por sistema de coleta automatizada, acoplada aos caminhões, nas condições regionais de produção e transporte, no final da manhã, desta quinta-feira, dia 17, numa iniciativa conjunta entre diversas instituições do estado do Rio Grande do Sul que trabalham pela qualidade do leite gaúcho. A plateia do auditório da Estação Experimental Terras Baixas, base física da Embrapa Clima Temperado, localizada também no Capão do Leão, esteve curiosa e atenta ao acompanhar o lançamento da metodologia, que contou com um brinde a base de leite, como pontapé inicial a um projeto de cerca de dois anos que irá beneficiar todo o setor produtivo do leite nacional. O projeto é desenvolvido pela Embrapa, a Cooperativa Sul-Riograndense de Laticínios Ltda (Cosulati) e o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat). O secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, fez parte do ato solene.

O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, falou sobre o desenvolvimento do projeto como uma forma de comprovar legalmente e formalmente a qualidade do leite. «O RS tem como mostrar a todo o país que tem uma produção diferenciada. A Embrapa, inclusive, comemora 20 anos, em 2016, do Sistema de Produção de Leite, que dá acesso a tecnologias sustentáveis aos produtores de leite. Temos o único laboratório de qualidade do leite público do Estado e temos mais 88 tecnologias disponíveis à cadeia leiteira», lembrou Pillon.

O secretário Ernani Polo falou da importância do projeto ao significar avanço para cadeia produtiva do leite e uma conquista para o estado do Rio Grande do Sul, o qual será o primeiro a iniciar esta ação de metodologias aplicadas ao controle de qualidade do leite. «O setor leiteiro é de todos os sistemas de produção um dos mais complexos: trabalha 365 dias do ano e pode ter até três safras ao dia (as ordenhas)», falou Polo. O secretário se referiu ao projeto da Embrapa, Sindilat e Cosulati como uma possibilidade de contribuir com o projeto de lei que está encaminhado na Assembleia Legislativa, onde valoriza os bons produtores e as pessoas que trabalham com seriedade na cadeia leiteira. Esse projeto de lei cria regras claras e punições severas para quem não está trabalhando com este comprometimento. Ele ainda sugeriu: «Daqui a seis meses vamos ver os resultados e trazer mais deputados e outras instituições que possam se envolver neste projeto de metodologias de coleta».

Participaram também do ato de lançamento do projeto o diretor-executivo da Cosulati, Raul Amaral, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra e o deputado Gabriel de Souza, representando a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

O projeto de metodologia de coleta de amostras

A pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Maira Zanela, responsável pela condução do projeto, apresentou o seu objetivo e os passos de detalhamento da execução das atividades programadas até 2017.

Maira explicou a rota do leite ao identificar o percursso das amostras feitas até o momento, a maneira de armazenagem e transporte das amostras, tendo como base a coleta manual. Depois explicou a necessidade em atender a instrução normativa 62 do leite, as normas de qualidade da Rede Brasileira de Qualidade do Leite (RBQL) em busca de maior qualidade do produto, evitando situações de fraude ou adulteração da materia-prima. Com isso, falou da importância das amostras para realização das análises de controle de qualidade, um dos pontos chaves dentro do setor produtivo.

O projeto de metodologia de coleta de amostras de leite apresenta possíveis soluções para controle e segurança do produto. A pesquisadora comentou que ao realizar as amostras de forma adequada se está atendendo a legislação (IN 62); se faz um diagnóstico dos sistemas de produção e uso das informações na tomada de decisões para buscar melhoria da qualidade; se paga por qualidade; se tem conhecimento da matéria prima que chega à indústria; e se estabelece um controle de qualidade e fiscalização (segurança do alimento).

O projeto terá três etapas e seu objetivo maior é realizar um comparativo entre os resultados da coleta manual e a coleta automatizada das amostras de leite. A primeira etapa é de pré-avaliação vai compreender a uniformização, a independência e uso de medidas de volume. Começará em janeiro e deve se estender até o mês de abril.

Resultados e impactos do projeto de amostras de coleta

• Identificação da viabilidade em diferentes sistemas de produção;
• Possibilidade de adequações dos equipamentos às condições regionais de produção;
• Melhorias na rastreabilidade da matéria prima;
• Maior segurança no transporte e coleta de amostras;
• Possibilidade de coleta de produtos diferenciados.

Produção de leite no Estado do RS

2° maior estado produtor de leite no país;
5° maior país produtor de leite no mundo;
85 mil produtores gaúchos produzem leite;
100 mil famílias dependem do sistema de produção.

Votação de Projeto de lei na AL/RS

dia 22 de dezembro votação da «Lei do Leite»

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/8412688/projeto–de-amostras-de-coleta-automatizada-e-lancado–oficialmente-junto-ao-setor-leiteiro

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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