Para produtor rural, viver sete dias sem energia é retroceder 70 anos no tempo

Você conseguiria viver durante sete dias seguidos sem energia elétrica, sem comunicação, perdendo todos os alimentos armazenados no freezer e geladeira
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Você conseguiria viver durante sete dias seguidos sem energia elétrica, sem comunicação, perdendo todos os alimentos armazenados no freezer e geladeira, ou ainda, culturas e outros produtos, principalmente leite? Esta era a situação vivida até a tarde do sábado, 7, por mais mais de uma dezena de moradores de Vila Arlindo, distante um pouco de dez quilômetros do centro da cidade. E, ainda conforme dados divulgados na tarde desta segunda-feira, 9, pela RGE Sul, mais de uma centena de clientes no interior permanecem às escuras.
‘Ficar sete dias seguidos sem energia elétrica, é o mesmo que retroceder, 60, 70 ou mais anos no tempo, e viver como nossos pais e avós viveram’, afirma João Padilha. Ele recorda que naquela época, as pessoas tomavam banho de arroio ou açude, e consumiam água de cacimba (poço), pois não dispunham de energia elétrica e todo o conforto que os produtores rurais têm hoje e proporcionado pela energia elétrica. O que não faltou foi água pois a residência é abastecida por uma rede hídrica, porém, não conseguiu colher tabaco pois a estufa de cura e secagem é elétrica. Padilha afirma que tem um gerador para mover os motores da estufa, porém, este consome muita gasolina – na média, 2,5 litros por hora, o que torna inviável o uso. ‘Para dentro de casa ainda é possível usar, mas não compensa porque o custo é muito elevado.’
Como esteve às escuras durante sete dias, Padilha conta que com isso, ficou sem comunicação, ou seja, sem poder assistir televisão, ouvir rádio e nem se comunicar via telefone. ‘Como não tínhamos nada a fazer à noite, o negócio foi dormir cedo’, relata, acrescentando que para iluminar os cômodos da casa, se valeu da luz de velas. O casal tem uma filha de cinco meses, e para alimentá-la, a esposa Marines ordenhava todas as manhãs e fervia o leite, porém, não conseguiu aproveitar outros derivados, e ainda, teve que descartar todas as carnes e aipim pré-cozido e outros alimentos que estavam armazenados no freezer. ‘Resido há dez anos aqui e esta foi a primeira vez que ficamos tantos dias seguidos às escuras’, recorda.
Concessionária
Por meio de sua assessoria, a A RGE Sul informou que até as 16h30min, desta segunda-feira, um total de 133 clientes ainda estavam sem energia elétrica em Venâncio Aires. Esse número está essencialmente localizado na área rural. Ainda conforme a nota, a RGE Sul salienta que para uma dimensão total, no pico do temporal, no domingo, 1º, 28.274 clientes do município ficaram sem energia. As equipes prosseguem o trabalho para que tudo seja normalizado no menor tempo possível.

‘Tomara que a gente nunca mais passe por isso, pois é muito difícil e doloroso viver assim e depender da boa vontade de terceiros’.
João Padilha, produtor rural.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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