Preços dos lácteos – 2016 trará a recuperação tão esperada?

Os preços dos lácteos, medidos pelos valores do GlobalDairyTrade, terminaram 2015 um pouco acima dos menores níveis dos últimos 13 anos, alcançados em agosto, em meio a alguns sinais de que os baixos valores estão afetando a produção mundial de leite.
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Os preços dos lácteos, medidos pelos valores do GlobalDairyTrade, terminaram 2015 um pouco acima dos menores níveis dos últimos 13 anos, alcançados em agosto, em meio a alguns sinais de que os baixos valores estão afetando a produção mundial de leite. Em 2015 os preços no GDT caíram 3,5%, uma menor queda quando comparado a 2014, quando eles caíram 48%. Ainda assim, os preços do leite continuam abaixo do custo de produção para muitos produtores.

Os valores no GDT continuam em menos da metade daqueles alcançados durante o aumento do início de 2013, antes da retirada dos compradores chineses, para usar seus estoques, levando a uma queda no mercado. A redução nas ofertas nesse novo ano serão suficientes para provocar uma recuperação nos preços? Confira as opiniões abaixo:

DairyCo

“A produção de leite nas cinco principais regiões exportadoras – União Europeia (UE), Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Argentina – está caindo. A maior redução foi na Nova Zelândia, onde a produção poderá cair ainda mais devido ao crescimento menor que a média das pastagens durante novembro. Uma queda na oferta global de leite é necessária para que os preços do mercado comecem a se recuperar. Entretanto, níveis significantes de estoques de lácteos foram construídos durante o ano passado. Esses estoques deverão manter a pressão sobre os preços durante a primeira metade do próximo ano, mesmo após a oferta cair”.

John Wilson, presidente da Fonterra

“Os atuais baixos e insustentáveis preços continuarão impactando os níveis de produção globalmente. Apoiamos a visão consensual no mercado de que uma melhora ocorrerá, mas o mercado continua volátil. Embora haja sinais de recuperação, particularmente na China, ainda precisamos que o desequilíbrio entre oferta e demanda seja corrigido. Esse desequilíbrio está começando a reduzir com a produção até agora nesse ano nos Estados Unidos aumentando somente 1% e desacelerando, e os volumes da Nova Zelândia deverão cair em pelo menos 6% durante a atual estação. Na UE, entretanto, os produtores continuam pressionando a produção, atualmente 1% maior”.

Rabobank

“O Rabobank espera que serão aplicados freios na produção de leite nas regiões exportadoras na primeira metade de 2016, embora menos dramáticos e inferiores ao que tínhamos em mente há alguns meses. Uma combinação de clima desfavorável e baixos preços verá a produção de leite cair bastante na Nova Zelândia, mas agora, antecipamos que os recentes investimentos e os preços menos piores do leite do que o esperado somente permitirão uma pequena desaceleração na produção de leite da UE durante a primeira metade de 2016”.

“Previmos que o crescimento na produção dos sete maiores exportadores contrairão apenas 0,1% com relação ao ano anterior no período. Ao mesmo tempo, os menores preços e algumas melhoras no crescimento da renda impulsionarão melhores compras em regiões com déficit. Essas dinâmicas verão o excesso de estoques gradualmente cair à medida que a primeira metade de 2016 avança, com os estoques se aproximando do normal no meio do ano. A pressão para cima nos preços ainda continuará durante o período previsto, mas adiamos o tempo para recuperação e prevemos uma trajetória um pouco mais fraca do que previmos há alguns meses”.

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

“Os mercados globais de lácteos continuam lutando diante da fraca demanda de importação e excesso de ofertas. Para 2016, os baixos preços do leite deverão limitar o crescimento na produção de leite, que deverá aumentar modestamente em menos de 1%, declinando em 640.000 toneladas na Oceania, mas compensada pelos ganhos projetados de 2,9 milhões de toneladas na produção de leite na UE, Argentina e Estados Unidos”.

“Apesar do ritmo de aumento da produção de leite dever desacelerar, os preços dos produtos lácteos como leite em pó desnatado e integral deverão permanecer relativamente fracos. Esses produtos enfrentam fortes ventos contrários devido à continuação do embargo russo às importações de produtos lácteos, ao forte dólar e à fraca demanda de importação da China. Com a ausência de uma mudança nessas variáveis ou começo de um clima desfavorável, os preços provavelmente não melhorarão de forma significativa na primeira metade de 2016”.

Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC)

“Após um pequeno declínio na produção de leite dos cinco maiores fornecedores no primeiro trimestre de 2015, a produção de leite cresceu 2,1% durante o período de abril a agosto. A UE, liderada pela Irlanda e pela Holanda, foi a maior contribuinte para o crescimento”. “Os produtores da Nova Zelândia recuaram e a produção nos Estados Unidos e na Austrália está caindo, mas ainda precisamos ver a oferta da UE retrair e isso não deverá acontecer até o segundo trimestre de 2016”.

“A produção de leite na China está tendo um papel na menor demanda de importação do país também. O USDEC estima que a produção de leite na China aumentou 10% nos últimos dois anos. Isso representa outras 3 milhões de toneladas de leite, a maioria sendo destinada à produção de leite em pó integral para estoques. A China tem trabalhado em grande parte de seu estoque nos últimos meses, mas esperamos que a produção de leite do país continue crescendo”.

“Há três chaves básicas aqui para fortalecer os mercados globais de lácteos: uma retração na produção de leite, a redução dos estoques e a expansão da demanda. As projeções de crescimento econômico sugerem que não teremos um grande aumento na demanda em um futuro próximo, de forma que 2016 deverá ser um ano de reequilíbrio gradual e redução dos estoques, preparando o terreno para condições mais apertadas de mercado em 2017 e em 2018”.

As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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