Preço sobe em todos os estados; média Brasil está 15% maior que há um ano

A baixa produção no campo, devido ao período de entressafra, segue impulsionando os valores de leite. Em maio, o movimento de alta foi verificado em todos os estados acompanhados pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ/USP.
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O preço do leite recebido pelo produtor (sem frete e impostos) teve alta de 4,5% de abril para maio, passando para R$ 1,1571/litro na “média Brasil” (que pondera o valor pelo volume captado nos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). Esse valor está 14,3% maior que o de maio de 2015, em temos reais (valores deflacionados IPCA de abril/16). O preço bruto médio (com frete em impostos) foi de R$ 1,2654/litro, aumento de 15% frente ao de maio do ano passado, em termos reais.

O aumento na média nacional em maio foi influenciado pela valorização no Sudeste do País, principalmente em São Paulo (5,1%) e em Minas Gerais (5%), onde os preços líquidos passaram para R$ 1,1460/litro e R$ 1,1947/litro, respectivamente. Dentro da porteira, os elevados custos de produção; geadas no Sul do País e a tendência de migração de produtores de leite para o corte seguem desestimulando a produção.

A baixa oferta de leite continua aumentando a competição entre as indústrias pelos produtores, e levantamentos do CEPEA junto a representantes de laticínios/cooperativas confirmam essa tendência também para os próximos meses. Cerca de 71,8% dos agentes entrevistados pelo CEPEA (que representam 77,3% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite, enquanto o restante (28,2%, que representam 22,7% do volume) acredita em estabilidade nas cotações – frente ao mês passado, houve aumento no número de colaboradores que estima estabilidade nos valores. Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços em junho.

O Índice de Captação de Leite do CEPEA (ICAP-L/CEPEA) teve queda de 3,38% em abril, considerando-se os sete estados que compõem a “média Brasil”. A região Sul registrou as maiores quedas na produção, de 6,97% no Rio Grande do Sul, de 6,12% em Santa Catarina e de 1,16% no Paraná. Para os próximos meses, a captação deve começar a se recuperar no Sul do País, devido às forragens de inverno. Os demais estados também tiveram queda de produção leite em abril; a menor delas, de apenas 0,47%, foi verificada na Bahia.

No mercado atacadista de derivados do estado de São Paulo, os preços continuam registrando altas quase que diárias puxadas pela diminuição da oferta e pela melhora da demanda comparativamente aos meses anteriores. A média de maio (até o dia 30) do leite UHT está em R$ 2,9250/litro, 6,88% superior à de abril. A mozarela registra média de R$ 16,01/kg neste mês, superando em 4,2% a do mês anterior. O levantamento de preços de derivados do CEPEA é diário e conta com apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Fonte: CEPEA

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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