O preço do leite recebido pelos produtores subiu 1,5% em novembro (1,3 centavos por litro) em relação ao míªs anterior, indicaram dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
A média ponderada dos estados considerados pelo Cepea (RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA) foi de R$ 0,8221/litro (valor líquido) – o preço bruto, que considera frete e impostos, foi de R$ 0,8952/litro.
Segundo o Cepea, o preço médio ficou praticamente estável, apresentando recuo de 0,1% em termos reais (descontando-se a inflação oficial do período). Entretanto, os custos de produção estão quase 20% maiores.
«Os preços do milho continuam subindo, enquanto o preço do farelo de soja, mesmo em queda no míªs de outubro, vale quase o dobro que há um ano. Além disso, no início de 2013, deve haver novo aumento dos custos em função do reajuste do salário mínimo», diz o texto.
Preços de captação
Em outubro, o índice de Captação de Leite (Icap-Leite/Cepea) recuou quase 5% em relação a setembro, em função do atraso das pastagens de verão, ocasionado pelo frio intenso e chuvas insuficientes nos últimos meses.
Já em Goiás houve aumento de 4%, principalmente no sul do estado. Em Minas Gerais o avanço foi de quase 3% e em São Paulo o índice permaneceu praticamente estável. No balanço dos sete estados pesquisados, o ICAP/Cepea recuou 0,4%.
Os preços do leite no mercado atacadista subiram 2,2% em novembro. No míªs, o preço médio do leite UHT (apurado até o dia 29) ficou em média de R$ 1,93/litro.
No caso do queijo muçarela, o ganho foi de 4,7% na comparação mensal, com média de 11,67/kg.
A pesquisa é feita diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).
Perspectivas
Para dezembro, referente í produção entregue em outubro, 54% dos compradores de leite entrevistados (que representam 63% do volume amostrado) esperam estabilidade de preços, enquanto 29% dos laticínios/cooperativas (respondem por 21% do volume de leite da amostra) esperam alta de preços.
Apenas 16% dos entrevistados (cerca de 16% do volume amostrado) esperam queda dos preços.
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