Pesquisa Avalia Risco da Presença de Antibióticos no Leite

De acordo com especialistas, traços podem influenciar na qualidade do alimento
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De acordo com especialistas, traços podem influenciar na qualidade do alimento
O leite é considerado um alimento nobre que possui maior concentração de cálcio, contendo boa quantidade de fósforo e manganês, proteínas, vitamina (A, B1, B2) e minerais. Apesar da significativa importância socioeconômica do setor leiteiro no Brasil, a atividade ainda requer mudanças significativas para alcançar o perfil de negócio efetivamente competitivo e sustentável.
A qualidade do leite está relacionada às condições sanitárias do rebanho, manejo nutricional e de ordenha, os quais devem visar às necessidades dos consumidores, as exigências regulamentares e o direcionamento do mercado para a qualidade. Com o objetivo de preservar essa qualidade foi criado o Regulamento Industrial de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), que proíbe a adição de qualquer substância química no leite destinado à alimentação humana.
O leite contaminado por substâncias químicas é considerado adulterado e impróprio para o consumo, pois representa um risco à saúde e sua identificação constitui um dos princípios fundamentais para a aplicação da análise de perigos e pontos críticos de controle. A presença de antimicrobianos no leite pode ser devido à adição fraudulenta, inibindo o crescimento bacteriano indesejável ou da aplicação de diferentes substâncias antimicrobianas no rebanho leiteiro para prevenção ou tratamento de doenças, como infecções da glândula mamária e doenças do trato reprodutivo.
Na indústria de laticínios, a presença de antimicrobianos no leite traz dificuldades técnicas, interferindo nos caracteres organolépticos e tecnológicos dos produtos lácteos industrializados, principalmente no processamento tecnológico do iogurte, manteiga e queijo, devido à inibição da flora bacteriana. A pasteurização, fervura e esterilização do leite não destroem os resíduos dessas substâncias, constituindo risco para o consumidor e problema para a indústria. A presença dos resíduos de antimicrobianos no leite tem sido um dos maiores desafios para a indústria de alimentos e para a saúde pública, sendo um ponto fundamental na qualidade do leite a ausência desses resíduos, que podem causar reações alérgicas, provocar resistência bacteriana, além de ser também um problema econômico, interferindo na indústria.
Quanto aos seus efeitos na Saúde Pública, a presença dos resíduos de antimicrobianos no leite tem sido um dos maiores desafios para os órgãos responsáveis e para a indústria de alimentos, poissão um risco à saúde do consumidor, representados por reações alérgicas.
Atualmente existem vários métodos utilizados para detecção dos resíduos de antibióticos no leite, incluindo testes inibidores de crescimento microbiano, testes imunológicos, enzimáticos e alguns métodos especiais. Cabe à bromatologia e ao controle de qualidade de alimentos avaliarem, monitorarem e controlarem os níveis de resíduos antimicrobianos nas amostras de leite, uma vez que a presença desses resíduos somente pode ser confirmada através de métodos físico-químicos de análise.
Com o objetivo de relatar a preocupação com a presença dos resíduos de antibióticos no leite relacionado com os danos causados à saúde pública no Brasil e demonstrar a importância da avaliação bromatológica das amostras a fim de contribuir para a segurança alimentar no consumo de produtos lácteos, a Drª Andreia de Haro Moreno, docente do curso de Biomedicina das Faculdades Integradas Padre Albino (FIPA), coordena a aluna Silmara Cristina Garcia na pesquisa “A importância da avaliação bromatológica de resíduos de antimicrobianos no leite e seus efeitos na saúde pública”.
A Profª Andreia informa que a pesquisa será feita através de consulta ao tema por levantamento bibliográfico em artigos, revistas especializadas, livros e sites oficiais (Capes, Lilacs, Bireme, Anvisa, Pubmedetc).
“O estudo realizado tem a finalidade de alertar e enfatizar os riscos à saúde pública pelo uso indiscriminado de antibióticose os efeitos que estes podem ocasionar a saúde do homem, ressaltando a importância da avaliação bromatológica das amostras e as principais técnicas de análise”, ressalta.
A coordenadora da pesquisa considera que os resultados permitirão verificar a contribuição das análises bromatológicas para a qualidade e segurança do leite e demais produtos lácteos, quesitos indispensáveis à redução dos riscos à saúde do consumidor.
“A iniciativa surgiu devido ao grande número de resíduos de antimicrobianos que podem ser encontrados no leite devido ao seu uso na profilaxia de doenças infecciosas no gado leiteiro. Essas substâncias (antibióticos), uma vez excretados no leite que será comercializado, podem acarretar muitos danos à saúde do consumidor”, diz.
Os resíduos podem acarretar reações alérgicas e até carcinogênicas. “Os resíduos de antimicrobianos, quando presentes no leite consumido pela população, representam muitos riscos à saúde do consumidor, tais como reações alérgicas (principalmente com os antibióticos betalactâmicos, as penicilinas), reações carcinogênicas (podendo induzir câncer a longo prazo) e ainda contribuir para o aumento da resistência das bactérias a outros antimicrobianos, o que representa um grave problema na atualidade”, analisa.
A pesquisa vem sendo desenvolvida há 10 meses. “A pesquisa visa demonstrar a preocupação com a presença de resíduos de antibióticos no leite e com os danos causados à saúde do consumidor, além de ressaltar a importância das análises bromatológicas das amostras de leite a fim de contribuir para a segurança alimentar no consumo desse produto. A qualidade dos alimentos é quesito importantíssimo, principalmente quanto a possíveis contaminações microbiológicas ou de produtos químicos. Sendo o leite um alimento amplamente consumido pela população, principalmente crianças, a sua qualidade deve ser garantida através da realização frequente de análises laboratoriais”, finaliza.

http://www.oregional.com.br/2016/02/pesquisa-avalia-risco-da-presenca-de-antibioticos-no-leite_320214

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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