Pequenos produtores rurais da zona rural da cidade de Olho D’Água das Flores, no Sertão de Alagoas, estão sendo beneficiados com sêmen das raças Gir, Girolando e Holandesa por meio do Programa de Transferência de Embriões e Inseminação Artificial implantado pelo Governo do Estado.
A iniciativa, que visa ao melhoramento genético dos animais, atende aos pequenos produtores rurais com a distribuição de sêmen. A ação conta ainda com as parcerias do Sebrae, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA).
Dados da Superintendência de Desenvolvimento Agrário da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri) apontam que, entre 2016 e 2017, já foram doados um total de cinco mil doses de sêmen para pequenos produtores de todas as regiões do Estado.
O presidente da Associação dos Agricultores da Comunidade Samambaia, em Olho D’Água, Gerson Antônio da Silva, reconhece que o Programa de Melhoramento Genético representa um grande avanço na região e tem contribuído para o aumento da produção de leite e do rebanho leiteiro.
«Já estamos na terceira geração de animais e com uma produção, em média, de 30 litros de leite por dia, o que garante aos pequenos produtores rurais uma renda a mais em suas atividades no campo. O programa dá um passo importante para o fortalecimento da pecuária leiteira em Olho D’Água das Flores e em toda região», comemora Gerson.
O êxito do programa, como informa o secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, é confirmado pelos próprios criadores. Segundo ele, a técnica já está beneficiando o produtor e, em médio prazo, será possível multiplicar essa genética utilizando os animais originados do programa como doadores, no aprimoramento da nossa pecuária leiteira.
«Esse é o maior programa de melhoramento genético executado no Estado, beneficiando toda a cadeia do leite em Alagoas, uma vez que os pequenos produtores já contam com um volume maior de leite», observa o secretário.
O produtor Erlan Maia, que também integra a associação, concluiu o curso de inseminação artificial, técnica que vem sendo utilizada em seu plantel, e destaca o resultado em sua produção. O agricultor explica que no início ficou receoso, mas logo percebeu que o programa incentivado pelo governo só trouxe benefícios para sua atividade.
«Antes da inseminação artificial, minha produção de leite era de 10 litros por animal. Hoje, já consigo tirar 17 litros, o que representa um ganho muito bom na minha renda», afirma Erlan.
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