A tônica da palestra estava focada na presença de 13 milhões de cabeças de gado num estado cujos espaços estão com 70% em áreas de pastagem degradadas. Levando em conta cerca de oito milhões de hectares de pastagens de 120 mil propriedades rurais, o retorno de investimento do plantio de grãos vem passando por uma mudança que tem levado à pecuarização. Ou seja, os produtores de grãos estão preferindo a criação de bezerros, por conta do retorno financeiro imediato.
Segundo os especialistas, para plantio e colheita, a mão de obra está se tornando escassa ou cara. Já para a criação de rezes pouco se exige em especialização da mão de obra e custo da remuneração do peão. Num estado que conta com 85% das propriedades rurais na agricultura familiar, a produção de bezerros e consequentemente de leite também vem tomando lugar das áreas de plantação.
Analisando estas vertentes os dois profissionais passaram a apresentar alternativas de integração entre a pecuária, a lavoura e o extrativismo florestal em consórcio de atividades que permite interfaces na produção. A sustentabilidade foi tema permanente nas avaliações dos especialistas, que de forma alguma criticaram as opções de cultivo ou criação, mas enfatizaram a necessidade de recuperação das áreas degradadas.
Mercado e exportações
Ao mesmo tempo, no espaço internacional da feira, aconteceu a palestra do consultor do Sebrae, especialista em tributação e comércio exterior, José Eduardo Leal Rebouças, que discorreu sobre benefícios fiscais da exportação e como recebê-los. Ele ofereceu caminhos aos exportadores, não só como receber da Receita Federal esses recursos, vez que existem dificuldades para viabilizar esse ressarcimento, mas como conseguir a correção monetária desses valores, já que a Receita, apesar de sua demora em ressarcir, não os corrige.
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Fonte: ASSESSORIA SEBRAE
