Para o setor lácteo é essencial o avanço de acordos comerciais

O Uruguai está pagando caro por uma estratégia de inserção internacional equivocada na última década, que coloca em risco a entrada em novos mercados de produtos como os lácteos, um dos setores mais competitivos do país, ao nível mundial, que não conta com subsídios.
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As “novas condições” do mercado internacional estão sendo criadas pelos acordos comerciais preferenciais. No entanto, o Uruguai fica de fora. Por isso é importante avançar na assinatura de tratados comerciais com outros países e melhorar as condições de acesso aos países do Pacífico (México, Peru e Colômbia) porque o Mercosul “não é suficiente” e “não melhorará no futuro”, sugeriu o analista em comércio internacional, Marcel Vaillant, em palestra realizada no Congresso do Inale (Instituto Nacional do Leite). O economista, professor e coordenador de doutorado em Economia Internacional do Departamento de Economia da Faculdade de Ciências Sociais da Udelar, encerrou as palestras durante o encontro e apresentou os grandes números do setor lácteo uruguaio. Destacou o forte crescimento que a cadeia obteve nos últimos 25 anos e depois centrou sua exposição nas debilidades a que está exposta, só exporta 10% da produção mundial, em uma área onde existe pouca “transparência” para determinar qual o percentual da produção de cada país é destinado ao mercado interno. Outra peculiaridade é que poucos países no mundo importam mais lácteos que o total produzido pelo Uruguai. Como prioridade, Vaillant sugeriu diversificar produtos, (em 2015, quatro produtos, leite em pó integral, queijos, manteiga e leite em pó desnatado representaram 90% das exportações de lácteos uruguaias); e melhorar o acesso aos mercados. Um dos alertas lançado por Vaillant é a ausência de acordos extra regionais do Uruguai para colocar seus produtos no exterior, como os que possuem os concorrentes, Nova Zelândia e Austrália ao firmarem o TPP. Isto terminará por acabar com as perspectivas de colocar queijos uruguaios em um dos maiores consumidores do mundo, o Japão. Lembrou que o Brasil e Venezuela continuam sendo os principais mercados, mas, seria um “erro” concentrar nesses destinos e descuidar da abertura de outros. Além do mais, em ambos os casos persistem barreiras alfandegárias que em algum momento “distorce” o comércio. O analista ressaltou a importância do governo uruguaio de avançar em um TLC com a China, como foi expresso recentemente, mas também alertou para buscar outros destinos como Coreia e Japão. Em todo caso, disse que os lácteos devem estar incluídos em uma cesta de outros produtos que também inclua “alguma mudança” para os potenciais parceiros. Melhorar o TLC com o México para o acesso dos lácteos uruguaios será outra das tarefas que o analista considerou relevante iniciar no curto prazo, dada a importância deste destino “nicho”. Também pediu um “novo esforço” de negociação para avançar com os países do Pacífico como Peru e Colômbia. Por outro lado, Vaillant considerou que as estratégias de apostar no comércio administrado como o que se está negociando para intercâmbio de alimentos por petróleo com Angola, “não é a solução” e somente resolve problemas conjunturais. Em 2015, do total da produção de leite processado pelas indústrias uruguaias, 85% foram para o exterior como distintos produtos.

http://www.terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=6624:para-o-setor-lacteo-e-essencial-o-avanco-de-acordos-comerciais

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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