O Brasil não terá crescimento econômico sustentável enquanto não resolver um gargalo histórico: os baixos níveis de produtividade. Segundo dados da consultoria internacional Conference Board, um trabalhador americano produz o equivalente a quatro brasileiros. Aumentar a produtividade significa elevar os lucros das empresas e, consequentemente, a renda dos funcionários. Estima-se que, para o PIB crescer 4% ao ano, a produtividade deve acelerar no mínimo 2,3%. O Brasil está longe disso. Segundo projeções da Tendências Consultoria, ela irá avançar só 0,5% em 2018. Produtividade não significa apenas produzir mais – mas fazer melhor. Estudos recentes mostram que há uma maneira eficaz de aprimorar os indicadores das empresas: aumentar o nível de satisfação dos funcionários. Segundo estudo do Gallup, funcionários felizes são menos estressados, dormem melhor e não se deixam atormentar por questões irrelevantes. Resultado: eles são 12% mais produtivos do que os infelizes.

 
Ilan quer fortalecer as fintechs
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfjan, assumiu para si a missão de estimular a concorrência no setor bancário. Ontem, em evento em São Paulo, afirmou que o aumento da competição é vital para a redução do custo do crédito. Ilan acha que as fintechs, como são chamadas as startups da área financeira, terão papel vital nesse processo. O BC já tem encaminhado um estudo para regulamentar o segmento – trata-se do primeiro passo para fortalecer as fintechs no mercado.
A virada da Unimed
A indústria de planos de saúde tem vivido anos turbulentos, mas as dificuldades não refletem a situação de todas as empresas do setor. A Central Nacional Unimed registrou em 2017 o melhor resultado financeiro de sua história. O faturamento cresceu 6,9%, passando de R$ 4,6 bilhões para R$ 5 bilhões. Vale lembrar que, nos últimos anos, os reajustes dos planos de saúde têm ganhado fácil da inflação. Em 2017, o IPCA subiu 2,95%, enquanto a inflação médica foi de 17,91% – ou seis vezes mais.
A retomada, tijolo por tijolo
Um termômetro fiel da atividade econômica é o varejo de material de construção, que depende do aumento da renda da população para avançar. O setor fechou março com crescimento de 10% sobre fevereiro, segundo Cláudio Conz, presidente da associação do setor, a Anamaco. “A retomada da rotina de trabalho e o fim das férias escolares contribuem para construções e reformas.”, afirma. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a expansão foi de 2%.
RAPIDINHAS
» Menos de uma semana depois de anunciar a venda de sua divisão de água mineral no Brasil, a Nestlé confirmou o aumento dos investimentos em leite Ninho. A empresa vai montar a sua primeira linha de produção no Estado de Pernambuco, na cidade de Garanhuns. A unidade será a terceira da companhia no Nordeste (as outras estão instaladas na Bahia, nas cidades de Feira de Santana e Itabuna).
» O Itaú Unibanco vem adotando ações sustentáveis em suas instalações físicas. Recentemente, instalou painéis solares em seu centro administrativo de São Paulo, cuja produção de energia equivale ao consumo de 23 residências durante um ano.
» Em uma agência da capital paulista, instalou iluminação 100% LED e mecanismos que economizam águas dos sanitários e reaproveitam a água da chuva. Com medidas simples como essas, reduziu em 74% o consumo de água e em 60% o de energia – e deixou de gastar R$ 65 mil em um ano.

 
» As moedas virtuais continuam sob ataque. Desta vez, dois professores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, afirmaram que as bitcoins perderão mais de um terço do valor até o final do ano. Eles fizeram o vaticínio usando conceitos matemáticos e análises de progressão.
9,66%
foi quanto aumentaram as vendas de veículos em março na comparação com fevereiro. O bom resultado levou o setor a elevar as projeções de crescimento para o ano, que passaram de 11,8% para 15,2%.
“Com tudo que tem acontecido nos últimos anos, os escândalos políticos e o colapso na economia, eu diria que estamos diante de uma boa oportunidade. Se não cairmos na real agora, quando vamos cair?”
. Armínio Fraga,
ex-presidente do Banco Central e sócio da Gávea Investimentos
https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/04/04/internas_economia,948837/mercado-s-a.shtml